O Paraná surgiu como clube do futuro, garantido pelos recursos financeiros e do patrimônio do Pinheiros com a popularidade e a mística da Vila Capanema por parte do Colorado.
Na primeira década a fusão funcionou muito bem com diversos títulos conquistados, quantidade expressiva de revelações nas categorias de base, acesso a Série A do Brasileiro e perspectivas favoráveis em todos os setores do novo clube.
Bastaram algumas administrações irresponsáveis, maus negócios no futebol e o início do desmonte patrimonial para o até então promissor Tricolor entrar em colapso.
Dez anos sem título, dez anos na Série B do Brasileiro e muito sofrimento da torcida.
O seu principal defeito nesse período de grave crise foi a ausência de uma liderança efetiva ou, pelo menos, de dirigentes que conseguissem devolver a confiança ao associado que, paulatinamente, foi se afastando até o quadro social minguar completamente.
Outro problema foi a propensão à procrastinação de decisões importantes.
Verificou-se gradual esvaziamento na cúpula do clube com o distanciamento de ex-dirigentes e conselheiros importantes. Os ocupantes da direção exerceram a postergação de atitudes radicais baseada em premissa de avanço. Não funcionou.
Agora, com pessoas centradas e sinceramente dedicadas na salvação do Paraná, o clube entrou na linha.
O reflexo da seriedade administrativa está no campo, onde a equipe desenvolve boa campanha na Copa do Brasil e lidera o Campeonato Paranaense.
A correta apresentação e o triunfo de 3 a 1 sobre o Prudentópolis confirmaram a boa fase do time bem dirigido por Wagner Lopes, uma grata surpresa da nova geração de treinadores do futebol brasileiro.
Atletiba
O time de jovens valores utilizado pelo Atlético na primeira parte do Estadual conseguiu vencer e de goleada.
Enquanto os mais experientes Douglas Coutinho e Luís Henrique não marcaram, os garotos João Pedro – o melhor do jogo com o Cascavel –, Zé Ivaldo e duas vezes Matheus Anjos garantiram o triunfo reabilitador.
O destaque foi o retorno de Cléberson, um correto cabeça de área que, equivocadamente, tem jogado como zagueiro desde que ascendeu a categoria profissional.
Ele tem todas as características de volante, com o mesmo sentido de marcação do dinâmico Deivid.
Depois do susto no inicio, em Toledo, o Coritiba reagiu com estilo e fechou a conta aplicando uma goleada.
Henrique Almeida desencantou depois de um retorno apagado com dois gols e até o “orador” Kleber compareceu no placar. Vida longa para Pachequinho!
A conquista do título paranaense representa o principal objetivo do time coxa-branca.
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