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São muitas as razões que levam o Atlético a não desperdiçar a oportunidade de voltar a conviver com os resultados de vitória.

A começar pela disposição demonstrada pela torcida de ajudar o time na tentativa de sair da incômoda posição em que se encontra na classificação. O deslocamento expressivo a Florianópolis foi indicativo, mais do que suficiente, da preocupação que toma conta de todos os atleticanos.

O elenco é limitado e, dos novos contratados, apenas Michel e Marcos Aurélio deram sinais de que podem ajudar a equipe, pois os demais são tecnicamente fracos ou estão em má fase, e certamente pouco contribuirão para a difícil empreitada.

Porém, a superação coletiva, o bem armado plano de jogo de Vadão e, sobretudo, a garra dos jogadores animaram o torcedor. Pelo menos eles mostraram que também estão sentindo a água bater nas nádegas e que precisam nadar rapidamente em busca de um porto seguro.

Se tecnicamente o time não empolga e se taticamente ainda continua desequilibrado, só mesmo com muita determinação é que as coisas poderão entrar nos eixos.

Como a Ponte Preta realiza campanha igualmente irregular, o Atlético não pode deixar de aproveitar a oportunidade de reencontrar-se com a vitória contando com o calor da torcida da Arena.

Será uma chance de ouro para enxergar a luz no fim do túnel e partir para a reabilitação antes que se descubra que aquela luzinha é a da máquina do trem e não da esperança de todos os rubro-negros. Não dá para adiar a arrancada de novo.

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EFABULATIVO: Empresário de jogadores acumulando as funções de diretor de futebol do Atlético, José Carlos Farinhaque – mais tarde eleito presidente do clube que teve o bom senso de levar o time de volta a Baixada – comandava a delegação que viajava para Salvador, onde a equipe jogaria pelo Torneio da Morte do Brasileiro de 1989.

Ele sentou-se ao lado do técnico Borba Filho nos fundos do avião. Como o técnico desejava beber um bom vinho naquele longo vôo, foi logo sugerindo a Farinhaque, que é abstêmio, pedir uma garrafa, passando-lhe em seguida.

A aeromoça aproximou-se, toda gentil, com o aguardado carrinho de bebidas. Borba Filho pediu um vinho e ficou esperando pelo segundo, que deveria ser solicitado por Farinhaque. O dirigente pediu apenas um suco, provocando indignação no treinador:

– Que belo companheiro de viagem. Por que não pediu mais um vinho para mim?

– E por que você não trouxe o meu ponta-esquerda ? – retrucou o dirigente, referindo-se ao jogador Marco Antonio, um de seus empresados no elenco atleticano.

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