Do jeito que vai se de­­senvolvendo o Cam­­peonato Paranaense no octogonal decisivo, a rodada intermediária servirá apenas como aquecimento para o grande clássico Atletiba.

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Ou será que o Operário, hoje, e o Iraty, amanhã, conseguirão a façanha de arrancar pontos dos favoritos à conquista do título?

Bem, para vencer o Operário – de quem perdeu na fase classificatória em plena Arena da Baixada –, o Atlético terá de apresentar futebol de melhor qualidade do que na sofrida vitória sobre o Paraná, domingo.

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Se repetir os constantes chutões da defesa para o ataque sem a filtragem da meia-cancha, que se mostrou carente em seus procedimentos, o time de Leandro Niehues encontrará dificuldades.

De nada adianta contar com atacantes realizadores se a bola custa a chegar na grande área adversária, confirmando que o maior e mais antigo drama atleticano está consolidado na falta de criatividade do meio de campo.

Quanto à partida do Coritiba, amanhã, é bom tomar certas precauções tendo em vista que o título do ano passado foi perdido exatamente para o Iraty e dentro do Alto da Glória.

Memória

Já que os órgãos públicos não dão a mínima atenção para o resgate e a preservação da memória do esporte no Paraná, observamos com satisfação a movimentação de setores da iniciativa privada.

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Clubes e empresas estão empenhados no trabalho de manter viva a história para que as novas gerações tenham pontos de referência no passado.

E não se trata apenas do futebol, com o interesse demonstrado por um novo shopping center de Curitiba em abrir espaço para a memória do futebol paranaense e da organização do museu do Atlético, na Arena da Baixada. Também outras modalidades começam a despertar a atenção dos verdadeiros esportistas e cidadãos que respeitam a história.

Outro dia, esta Gazeta do Povo publicou reportagem contando um pouco da vida de Mayr Facci, o personagem mais importante da história do basquete paranaense em todos os tempos.

Ele fez parte da geração de ouro, do basquete de Ponta Gros­­sa na década de 1950, vindo de Ca­­tanduva, interior de São Paulo, por indicação do conterrâneo Alfredo de Barros Júnior – também jogador de basquete e conceituado radialista na região.

Ao lado do baiano Almir de Almeida – jogador, professor, técnico de basquete e supervisor da seleção brasileira de futebol, que deu nome ao Ginásio do Tarum㠖, outro dos grandes jogadores do Guarani, de Ponta Grossa, Mayr foi convocado pela seleção brasileira de basquete e eles participaram dos Jogos Olímpicos de Helsinque (1952) e Melbourne (1956).

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Com 83 anos, Mayr – o Gato – continua vivendo com a família em Ponta Grossa e contando as suas inúmeras histórias.

O basquete da Princesa dos Campos faz por merecer, há muito tempo, um museu para homenagear e preservar o seu passado glorioso.