Assistimos na final da Liga da Europa uma amostra do que vai acontecer na Copa do Mundo: os sistemas rígidos de marcação das equipes tecnicamente inferiores tentando conter o talento dos times criativos.
Com essa característica, o Arsenal quase surpreendeu o Barcelona em partida bem disputada e pontilhada por lances pitorescos, tais como a expulsão do goleiro do time inglês, o isolamento de Thierry Henry no ataque e o esgotamento de todas as fórmulas ofensivas das quais dispunha o técnico Rijkaard para melhorar o sistema ofensivo do Barcelona em noite de pouca inspiração de Ronaldinho.
Graças a habilidade de Etoo e a determinação de Belletti o título foi para a esquadra espanhola, mas ficou a advertência aos favoritos da Copa: a marcação será forte e os craques terão de jogar muito para superar as retrancas.
Felizmente prevaleceu a técnica refinada e o encantamento lúdico do futebol praticado com arte e inspiração. O título ficou em boas mãos.
De olho no banco
Quando a seleção brasileira é convocada presta-se mais atenção nos titulares do que nos reservas, o que é muito natural. Entretanto, a história das copas tem mostrado que alguns suplentes transformaram-se em ilustres titulares.
Foi assim com Zagallo, que só ganhou a posição de titular na Copa do Mundo de 1958 por causa de uma lesão sofrida por Pepe, num amistoso na Itália, a dez dias da estréia. Quatro anos mais tarde, novamente Pepe se machucou e, durante aquele mundial, Pelé sofreu uma distensão muscular e abriu caminho para o lançamento do garoto Amarildo, do Botafogo.
Na Copa de 1970 Rogério lesionou-se, cedendo lugar a Jairzinho, ambos do Botafogo. Em 1974 foi a vez do santista Clodoaldo ser cortado, enquanto que, em 1978, o ataque titular se machucou nos jogos da primeira fase em Mar del Plata Zico, Reinaldo e Rivelino e o Brasil terminou a Copa com Gil, Jorge Mendonça e Roberto Dinamite.
Em 1982, a quatro dias da estréia o avante Careca sentiu uma lesão muscular e foi substituído por Serginho, enquanto que em 1986 o craque Zico viajou sob cuidados médicos, depois de ter sofrido torção num dos buracos do gramado do Pinheirão, na partida de despedida contra o Chile.
Na Copa de 1990 a seleção ficou privada do craque Romário, mas o incrível aconteceu quatro anos mais tarde quando a dupla de zaga machucou-se nos Estados Unidos Ricardo Rocha e Ricardo Gomes abrindo espaço para Aldair e Márcio Santos. Em 1998 novamente Romário foi cortado e, na Copa passada, foi a vez de Emerson ficar de fora.
Por isso, é bom prestar atenção nos reservas de Parreira.
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