Assediado pelos países com moedas fortes – leia-se todos os países do primeiro e do segundo mundos – o futebol brasileiro sobrevive graças a sua inesgotável fonte de revelar jogadores.

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Tinga, Rafael Sóbis, Jonatas e, talvez, jogadores do Paraná deixam os seus clubes no meio do campeonato em busca do eldorado que garantirá o futuro financeiro seguro de todos.

Esta é a realidade do Campeonato Brasileiro que, mesmo contando com poucos craques e ídolos verdadeiros, consegue mexer com o torcedor pelo rigoroso equilíbrio existente. Basta verificar a classificação para perceber que está tudo embolado e dividido em blocos: meia dúzia de times na faixa de cima, brigando pelo título e pelas vagas na Taça Libertadores; meia dúzia do meio tentando garantir-se na Sul-Americana e os demais lutando, desesperadamente, contra o rebaixamento.

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Motivação não falta, ainda mais agora que Plutão foi rebaixado no sistema solar tudo pode acontecer. Se Plutão caiu por que o Corinthians não pode cair ?

Prova de fogo

Nem bem Vadão conseguiu melhorar o Atlético com um elaborado trabalho em todos os níveis para o time recuperar o ímpeto no campeonato e surgem novos problemas.

Novos e grandes problemas, a começar pela ausência do goleiro Cléber, a principal figura da equipe nas últimas partidas. Com a perda de três jogadores na meia-cancha as coisas tornam-se mais difíceis na medida em que o treinador terá de mexer na estrutura da equipe.

Nesta partida com o Santos o Furacão terá uma prova de fogo, pois logo quando começava a decolar terá de jogar modificado e contra um adversário de respeitável envergadura técnica.

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Só resta contar com o apoio da torcida e tirar o máximo proveito do efeito Arena.

Concurso de erros

Há muito tempo não se via um concurso de erros tão variado quanto esse no drama de Dagoberto e o Atlético.

Viu-se inabilidade dos dirigentes, inexperiência dos procuradores e comportamento equivocado do jogador.

Em vez de os três interessados tratar da valorização do produto, traçaram caminho oposto.

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Se tivesse jogado durante o primeiro semestre e mostrado serviço certamente, a esta altura, as três partes estariam satisfeitas com a venda dos direitos federativos para algum país do Primeiro ou do Segundo mundo.

Mas Dagoberto continua brigando na justiça, fora do time, fora de forma e correndo o risco de sofrer desvalorização no sinistro mercado da bola.