Se a fórmula do Campeonato Paranaense não fosse tão ruim, talvez o clássico pu­­desse mexer um pouco mais com as duas grandes torcidas.

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Porém, além da falta de motivação pelo modelo de disputa arrastado e sem graça, culminando com o incrível supermando na fase decisiva, os times ainda não conseguiram apresentar o nível técnico esperado pelos torcedores.

Também contribui para o panorama pouco alentador a falta de um estádio em condições de receber as duas torcidas por igual e a violência sem sentido que tem marcado, tristemente, os domingos de Atletiba.

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Por mais que o policiamento seja reforçado e distribuído por toda a cidade, é quase impossível conter a ignorância e a agressividade de milhares de vândalos que se aproveitam da situação para praticar os mais variados tipos de crimes.

Eles continuam protegidos por uma legislação frouxa e sabem disso, tanto que repetem a cada novo Atletiba os mesmos atos de destruição do patrimônio público e privado, com a agravante da morte de um torcedor atleticano depois do último clássico.

A certeza da impunidade é o mais grave defeito da organização social do Brasil.

Em todos os segmentos da sociedade, os crimes são praticados porque são inúmeros os exemplos de dificuldade para punir severamente os culpados.

A lei é tolerante e o excesso de recursos durante o processo aumenta, significativamente, o leque de salvação dos infratores.

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Os times

O Coritiba lidera a competição com larga vantagem, mas ainda não conseguiu realizar uma partida que chamasse a atenção. Bene­­ficiou-se da fragilidade dos adversários porque manteve a base do ano passado, mostrando-se mais entrosado do que a maioria. En­­tretanto, a equipe vem jogando no limite da necessidade e até mesmo Rafinha, a maior novidade no início, caiu de produção nos dois últimos jogos.

O técnico Ney Franco identificou as principais carências do Coxa, porém ainda não conseguiu encontrar as peças ou as soluções necessárias: a instabilidade no miolo da zaga e a pouca criatividade da meia-cancha.

O Atlético começou mal, me­­lhorou um pouco, mas tão pouco que não conseguiu reduzir a diferença de pontos para o Cori­­tiba, enroscando no esforçado Nacio­­nal, em Rolândia.

Com aquele tropeço, mesmo que vença o Atletiba e quebre o jejum de quase dois anos sem vencer o seu maior rival, ele não assumirá a liderança.

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O técnico Antônio Lopes continua acreditando que todos os problemas do time serão resolvidos com o retorno de Paulo Baier – retorno que não deve ser precipitado por tratar-se de um atleta veterano –, porém a torcida rubro-negra tem observado que o time continua atrás de alas definitivos, de um meia-armador e do ataque ideal.

Diante das circunstâncias técnicas da dupla, o clássico de do­­mingo mais parece um ensaio de luxo para o que vem pela frente.