Pouco importa a colocação das equipes no campeonato, Atletiba é Atletiba e acabou.

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A rivalidade histórica das torcidas e a profunda tradição do confronto emolduram o maior clássico do futebol paranaense em qualquer situação.

No caso presente existe a motivação dos times, aqui entre nós um pouco humilhante para todos, em afastar-se definitivamente da zona de rebaixamento. Lamentavelmente, esta incômoda situação tem assinalado as trajetórias de nossos times nas últimas temporadas nacionais.

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Não foi por acaso que o Cori­­tiba passou dois anos na Se­­gundona, o Paraná vai emplacan­­do mais um ano longe da ribalta e o Atlético há tempos só se preocupa com isso.

A verdade é que a última grande campanha de um nosso representante foi cumprida pelo Atlético em 2004. Jogou o bicampeonato fora por diversos equívocos cometidos pela diretoria, pelo técnico Levir Culpi e pelos jogadores que se perderam em Erexim, quando venciam o Grêmio por 3 a 0, e não conseguiram se impôr ao Vasco na partida decisiva.

O incrível gol desperdiçado logo no primeiro minuto da partida pelo artilheiro Washington, em São Januário, selou a sorte do Furacão.

Mas o Atletiba está aí e deve ser curtido pelos torcedores.

Motivos

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A pergunta que não quer calar: por que os principais times brasileiros andam tão fracos na corrida pelo título da temporada?

A resposta mais do que óbvia: os melhores jogadores foram embora do país.

Os poucos que voltaram estão fazendo a diferença, com destaque aos títulos conquistados pelo Corinthians graças a Ronaldo e a recuperação do Flamengo com Adriano.

Quem continua devendo melhores atuações é Vágner Love no Palmeiras. Ele, ao lado do repatriado Edmílson, fracassou no último jogo. Quem deitou e rolou foi Petkovic. Com 37 anos, o sérvio marcou dois gols e arrebentou com o esquema tático do irritadiço Muricy.

Outra coisinha que parece clara a esta altura do campeonato: os técnicos não estão conseguindo fazer nenhuma diferença, apesar das poses ao lado do campo e aos faniquitos nas entrevistas coletivas. Até o coroado Luxemburgo foi atropelado pelas circunstâncias e o caro elenco do Santos só tem dois pontos a mais que o Atlético.

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O título continua em aberto, com o Palmeiras tentando manter a diferença no confronto com o abatido Santo André. Se bem que abatido mesmo anda o São Paulo, que foi muito infeliz nas contratações e ainda por cima queimou Borges, que tecnicamente é superior a Washington. Mas quem derrubou o São Paulo foi Hernanes, que não é nem sombra daquele do ano passado. Os olheiros europeus são bons mesmo, pois não contrataram Hernanes, mesmo tendo sido eleito o melhor jogador do campeonato.

Internacional, Atlético Minei­­ro e Flamengo continuam lutando tenazmente para tirar o título dos paulistas, que reinam há quatro anos.