Enquanto o Corinthians empatava com o Palmeiras e confirmava o título da temporada, mesmo apresentando futebol muito distante da grandeza de um campeão, o aguardado clássico paranaense transformou-se no Atletiba das lamentações.
Mesmo vencendo e quebrando longo tabu no clássico, lamentaram os atleticanos a desastrosa campanha do time que teve o rebaixamento confirmado com a goleada do Cruzeiro, e lamentaram os coxas a segunda chance perdida no mesmo ano para a conquista de um lugar na Libertadores.
O jogo foi bem disputado, com o Atlético mais determinado, ocupando melhor os espaços e fazendo por merecer o triunfo que se materializou na etapa final em gol de Guerrón, que completou de cabeça o lançamento de Paulo Baier.
O Coritiba voltou a ser um visitante cordial, tímido e que em nenhum momento da partida revelou capacidade técnica para vencer, deixando escapar a vaga para o Internacional, que fez a sua parte e agradeceu ao Furacão.
Longe de ser o clássico do século ou algo do gênero, o que só se justificaria se o Atletiba de ontem fosse decisivo para o título nacional ou de algum torneio continental, afinal o futebol paranaense precisa aumentar o seu grau de ambição e não continuar se contentando com pouca coisa. O Coxa ficou em oitavo lugar na classificação e o Furacão foi rebaixado após 16 anos na Série A.
O balanço final indica que a diretoria do Coritiba deverá rever seus planos para o fortalecimento do elenco, pois ficou bem claro que o time é competitivo, mas ainda distante de obter o padrão de qualidade exigido para voos mais audaciosos. A perda do título da Copa do Brasil em casa mostrou as carências do grupo e o fracasso de ontem confirmou esta observação. Se no futuro quiser brilhar com intensidade, o Coritiba terá de contratar alguns jogadores de maior envergadura técnica.
Fiel como sempre, a torcida rubro-negra desempenhou o seu papel com paixão, aceitando o rebaixamento como fato natural do jogo e comemorou a vitória com educação e dignidade.
Milhares de torcedores preferiram não descarregar sua frustração no time que havia decepcionado inteiramente na derrota para o América-MG e optaram por realizar manifestações de apoio em cima da realidade do clássico que encerrou o ano.
Sem utilizar expressões fortes ao fracasso do time ou alusões oníricas em torno de uma complicada combinação de resultados, a torcida portou-se de maneira adulta e com elevado caráter esportivo.
Independente da facção vitoriosa na tumultuada eleição para dirigir o Atlético, será importante manter a base da equipe, aproveitando os jogadores de futuro e alguns que se destacaram pelo empenho e espírito de luta.
A torcida atleticana merece dirigentes mais capazes e que respeitem a dedicação e a paixão popular.
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