O Coritiba cumpriu melhor campanha, marcou mais gols, passou com facilidade pelo PSTC e esperou de camarote o adversário nas finais.
O Atlético percorreu tortuoso caminho para chegar a uma final Atletiba de novo. Trocou de treinador, dividiu-se entre a decisão da Primeira Liga e os confrontos com o Paraná obtendo a vaga após uma derrota no jogo e o triunfo nos pênaltis na Vila Capanema.
Sem plano de jogo o Furacão foi um amontoado em campo, correndo sem direção e perdendo Vinicius logo aos sete minutos. Mais organizado, mas com uma comovente pobreza técnica individual, o Paraná teve de correr muito para chegar ao gol. E chegou no contra-ataque após magistral defesa de Marcos.
Nadson fez a festa tricolor e foi só até o apagar das luzes.
O time de Paulo Autuori reagiu na etapa complementar, mesmo apresentando jogadas esculpidas a machadinho e só não empatou pela marcante presença do goleiro Marcos, um capítulo à parte.
Nos pênaltis prevaleceu a maior capacidade dos atleticanos que perderam Otávio e André Lima para a primeira final.
O Coritiba, ao meu sentir, não deve ser apontado exatamente como favorito, mas que se apresenta mais arrumado no plano motivacional e tático não resta muita dúvida.
O Atlético terá de superar antigo complexo de inferioridade nos duelos com o seu mais antigo rival além, é óbvio, de melhorar muito como proposta de jogo, espírito de competidor e, afinal, condições para recuperar o título que persegue há sete anos.
Edgar Felipe
O rádio perdeu um querido representante: Edgar Felipe.
Ele foi um narrador esportivo correto e empolgante. Voz rouquenha, clara, marcante, ritmo intenso nos relatos do jogo, grito inconfundível de gol e uma vida dedicada aos ouvintes.
Tive o prazer de convidá-lo para participar da segunda maior revolução do rádio esportivo paranaense.
A primeira foi com a famosa Equipe Positiva, na Rádio Clube, no final da década de 1970, da qual fui sócio com o Capitão Hidalgo e o saudoso Lombardi Junior.
Na empreitada de lançamento das transmissões esportivas em FM, na rádio CBN, em 1997, Edgar Felipe e Marcelo Ortiz dividiram comigo as narrações dos jogos.
Com a criação da Banda B, na faixa de AM, alcançamos os maiores índices de audiência já registrados.
Contávamos com Valmir Gomes, Sicupira e Fernando Gomes como comentaristas; Eduvaldo Brasil, Remy Tissot, Osmar Antonio e, outro que nos deixou prematuramente, Alexandre Zraik, como repórteres e José Aresta no plantão.
Para homenagear o apaixonado radialista Edgar Felipe, cito Shakespeare sobre a vida: “Somos feitos do tecido de que são feitos os sonhos”.
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