O maior clássico do futebol paranaense apresentou inúmeras faces através dos tempos. As melhores foram de confiança dos dois lados na busca da vitória ou na conquista do título, clima festivo entre as torcidas colorindo os estádios ou técnica elevada das equipes que mexeram com a paixão dos torcedores. Há muitos anos não se via um Atletiba tenso como esse programado para domingo.

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Do lado atleticano, tensão por ser o primeiro Atletiba na nova Arena da Baixada e pela necessidade de o time voltar a ganhar para evitar o rótulo de “cavalo paraguaio”; do lado coxa, tensão por todos os motivos conhecidos durante seis meses de derrotas e frustrações.

Pano rápido: contemplando a foto histórica publicada por esta Gazeta do Povo para homenagear Zito, o maior líder da seleção brasileira e do Santos de todas as gerações, viajei no tempo e conclui que os dirigentes do passado operavam prodígios com poucos recursos.

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Quando o presidente Jofre Cabral convidou os bicampeões mundiais para jogar no Atlético contava apenas com a renda dos jogos e um insipiente concurso que sorteava automóveis.

Nada de verba da televisão, milhares de sócios, patrocínio nas camisas e nos estádios, venda de jogadores para o exterior, lojas com produtos dos clubes ou Refis do governo para tributos não recolhidos.

Já imaginaram Evangelino Neves com acesso ao potencial construtivo?

Muita paciência

Há muito tempo a seleção brasileira deixou de ser um time mágico com craques em profusão. O trabalho mal feito nas categorias de base e a ânsia dos empresários em vender os jovens para o exterior prejudicaram a capacidade técnica das equipes no processo de renovação.

Com isso, a seleção vive em torno do craque único – Neymar – e, consequentemente, encontra dificuldade para encantar o torcedor acostumado com elencos estelares. Não sei se o Brasil virou Portugal ou Suécia, mas a realidade é dura e Dunga esta tirando água da pedra para mostrar o valor do seu trabalho.

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É preciso ter muita paciência para entender o momento da seleção que apresenta falhas na defesa e pouca criatividade no meio de campo. Mas, alguns jogadores indicam que podem evoluir, como Philippe Coutinho e Roberto Firmino, alguns pontos acima da maioria.

O meia Coutinho mostrou nos amistosos que tem habilidade, joga com a cabeça erguida e possui características de armador com potencial. O atacante Firmino mostrou que tem faro de gol.

A seleção não se apresentou bem, mas venceu o frágil Peru. Hoje, frente a Colômbia, haverá maior grau de exigência o que significará um teste importante para a manutenção da invencibilidade de Dunga.