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O futebol é um negócio que movimenta 500 bilhões de dólares no mundo. A economia é a ciência que estuda atividades produtivas e vem se debruçando no futebol há vinte anos. E o Brasil, diz o mito, é o país do futebol, logo...

Logo, economistas brasileiros e internacionais se esforçam para tentar explicar o absurdo da duradoura crise do esporte mais popular do país.

A maioria absoluta dos dirigentes é composta por apaixonados torcedores investidos em cargos executivos nos clubes por simples vaidade; ou por torcedores inteligentes que assumiram posições estratégicas nos clubes por simples interesse comercial. Esta é a atual realidade.

Foi-se o tempo dos dirigentes endinheirados que bancavam sozinhos ou em pequenos grupos os times de coração. O mecenato definitivamente desapareceu em todas as áreas.

Foi-se o tempo dos dirigentes que conseguiam administrar os clubes de forma isolada, ou contando com a colaboração de poucos companheiros.

Hoje em dia um grande clube, com estádio, centro de treinamento, comercialização de produtos ligados, negociação com televisão e patrocinadores, plano de sócios e, é claro, os profissionais da bola, necessita contar com pessoas experientes e que conheçam cada setor de interesse dessa atividade muito especializada.

Verifica-se uma confusão entre o amadorismo de muitos e o profissionalismo de poucos. A paixão que move os clubes deve ser trocada pela racionalização orçamentária.

Se uma empresa não pode contratar o Pedro Malan para uma consultoria, porque ele custa caro, trata de procurar alguém mais barato. No futebol isso não acontece; os clubes ainda gastam mais do que podem, e não conseguem equilibrar as receitas.

Porém, as coisas começaram a mudar um pouco e os cartolas mais afoitos estão tomando juízo e medindo as consequências dos seus atos.

No futebol paranaense, o modelo de gestão moderna é o Atlético.

Com a revolução iniciada pelo presidente Mario Celso Petraglia, em 1995, o Atlético deixou de ser um clube economicamente insustentável, financeiramente instável e politicamente inseguro.

Com mãos de ferro e espírito monocrático, Petraglia fez tudo a seu modo.

Sofreu desgaste pelo estilo personalista, afastou-se de muitos companheiros de primeira hora que o ajudaram fortemente, magoou grande quantidade de colaboradores ou simples torcedores, mas concluiu o projeto.

Agora a torcida espera as conquistas no campo e o amistoso com o Peñarol será o pontapé inicial para um ano de muitas esperanças.

O Londrina trilha o caminho indicado na gestão futebolística, mas Coritiba e Paraná continuam mantendo os seus fãs em permanente modo expectativa.

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