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Depois de pobre atuação no primeiro tempo, mostrando nervosismo, desarticulação e completo domínio pela bem armada equipe do Ceará, o Atlético conseguiu reagir na etapa final e garantiu a vitória.

Ocupando praticamente o mesmo espaço em campo, Paulo Baier e Branquinho anularam-se, tanto que com a saída do companheiro, Branquinho soltou-se e cresceu, apresentando melhor rendimento. Outro fator que contribuiu para a recuperação rubro-negra na partida foi a excelente atuação do ala Paulinho e dos volantes Deivid e Chico. Os gringos Guerrón e Nieto entraram bem no jogo, com o equatoriano se movimentando na procura da bola e tentando algumas jogadas mais ousadas; o argentino apareceu mais do que Bruno Mineiro e só não aumentou o potencial ofensivo pela surpreendente má atuação de Maikon Leite.

No primeiro gol, passe certeiro de Guerrón para Branquinho completar com categoria; no segundo, sensacional voleio do aguerrido Chico e no gol do Ceará, falha grosseira de Manoel na antecipação e oportunismo do veterano Magno Alves.

Sobreviventes

Examinando a matéria sobre o centenário do Corinthians, ontem, com destaque ao fato de ele ser detentor da maior torcida no estado do Paraná com 12,5%, concluí que diante do massacre diário exercido pelas redes nacionais de televisão – canais abertos e fechados – os três principais clubes do nosso futebol são heroicos sobreviventes.

Além das questões de colonização do interior paranaense – Norte, paulista; Oeste, gaúcho – e da pluralidade que assinala a nossa civilização nos últimos 100 anos, entendo que outros dois aspectos são fundamentais para que o Atlético tenha apenas 9,6% da preferência da população, o Coritiba 7,5% e o Paraná 3,2%: a irregularidade técnica dessas equipes em competições nacionais, sendo que Coritiba e Paraná se encontram na Segunda Divisão, e o pouco destaque que recebem na mídia eletrônica.

Não há time de futebol estadual que consiga competir no mercado publicitário diante do volume de comentários, informações e notícias diárias em torno dos grandes times do eixo-Rio-São Paulo.

É excessivamente desproporcional o tratamento jornalístico oferecido aos clubes dos dois maiores centros econômicos do país.

Os times gaúchos e mineiros conseguem se destacar um pouco mais do que os paranaenses porque são de estados tradicionais, fortes e politicamente sólidos, mas também reclamam da desigualdade no noticiário em escala nacional.

As redes de televisão abrangem a nação, porém a mentalidade da produção e dos comunicadores permanece regional e tudo acaba girando apenas em torno das equipes paulistas e cariocas.

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