A boa campanha do Atlético tem intrigado os analistas mais atentos da mídia nacional. Claro que não estou falando da maioria dos ex-jogadores que se tornaram comentaristas de televisão, pois eles são intelectualmente limitados, raros conseguem profundidade na análise e falam apenas o óbvio. Refiro-me aos jornalistas com formação universitária e que se dedicam com conhecimento de causa a atuação na pauta esportiva dos meios de comunicação.

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Para uma equipe que disputou o Torneio da Morte no estadual e foi eliminada prematuramente na Copa do Brasil a trajetória atleticana no Brasileiro tem surpreendido sob todos os aspectos.

Mas tudo isso tem explicação, começando pelo desempenho de Milton Mendes na reformulação do time que em muitos jogos conseguiu mostrar a sabedoria da maturidade aliada a força explosiva da juventude.

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Nas partidas fora, o Furacão tem demonstrado ousadia e determinação, alternando momentos de dificuldade e de brilho intenso. É o que anima a torcida para o jogo de hoje com o Flamengo no Maracanã.

Em casa, a meu juízo, o time emitiu sinais de desequilíbrio técnico e tático em dois jogos, não por acaso exatamente aqueles nos quais se registraram os maiores públicos na Arena da Baixada.

O time sentiu o peso da responsabilidade e houve-se mal frente ao Coritiba e ao Sport na primeira parte dos jogos, recuperando-se no segundo tempo ao ponto de fazer por merecer a virada no placar. Mas o excessivo número de passes errados e o baixo rendimento individual de jogadores importantes fizeram com que quatro pontos fossem perdidos como mandante. Sinal de que o time atleticano ainda esta em fase de formação.

Calvário coxa

O que tem aborrecido os torcedores do Coritiba é a longa agonia de más campanhas nos últimos Brasileiros. Senti a angustia de dois amigos coxas durante o magnífico cozido português de dona Valéria, esposa do companheiro Silvio Ronaldo: Marcos Hauer e Jurandir Marcondes, o Pipico. Ambos já foram do G-5 e estão pasmos com a queda vertical do time nesta temporada.

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Claro que ainda é cedo para desespero, afinal teremos o Returno inteiro para ser disputado. Porém, seria recomendável que pessoas com larga experiência assumissem o comando do futebol agora. Primeiro, para tentar evitar o rebaixamento, mas, principalmente, reformular os conceitos de contratações e desenvolver um planejamento profissional para o ano que vem.

O Palmeiras de Marcelo Oliveira vem com tudo depois de duas derrotas consecutivas e todos estão curiosos para acompanhar os lances preparados por Ney Franco no tabuleiro de inteligência estratégica do jogo.