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Foi uma semana repleta de provocações, alfinetadas e esquivas em torno do clássico Paraná e Atlético. No último ato, a centralização das atenções caiu sobre o árbitro Héber Roberto Lopes.

Tão importante quanto os goleadores Josiel e Alex Mineiro ou os demais jogadores e, talvez, acima de todos, a principal atração passou a ser o juiz do jogo.

Tudo porque ele tem um histórico de más atuações apitando jogos do Atlético. Todos sabem que mantenho algumas reservas em relação a determinadas atitudes tomadas pela atual diretoria do Atlético. Observo, a distância, a arrogância e a prepotência desses dirigentes. Mas comento os fatos com absoluta isenção, reconhecendo o grande trabalho realizado no patrimônio – com as edificações da Arena da Baixada e do CT do Caju –, e no desenvolvimento mercadológico de valorização da marca do clube.

Também analiso o tumultuado relacionamento com a imprensa, com diversos jogadores, com alguns técnicos, com as torcidas organizadas e, sobretudo, os resultados obtidos diante do investimento nas categorias de base e no time principal.

As raras revelações de bons jogadores e a seqüência de títulos perdidos nos últimos cinco anos representam o saldo da filosofia e do método administrativo do futebol atleticano.

Porém, nessa manifestação de descontentamento da diretoria em relação à escalação do árbitro Héber Roberto Lopes para o clássico, entendo que a reclamação é procedente. Por coincidência, má sorte ou insuficiência técnica, a verdade é que Heber jamais conseguiu apitar bem um jogo do Atlético.

Diante disso, o Furacão deve entrar em campo tinindo, tanto na parte emocional quanto técnica. Caberá ao Paraná saber tirar proveito da situação além, é claro, de beneficiar-se do fato de jogar em casa, com a maioria da torcida a seu favor e sem qualquer tipo de preocupação com a arbitragem.

O dilema de Dunga

Após as justificativas de praxe na tentativa de explicar a derrota para o México, durante as quais não faltaram queixas contra a imprensa e da própria organização da CBF que lhe teria dado pouco tempo. Nas entrelinhas, Dunga admitiu que a coisa está preta.

Algumas convocações foram equivocadas, a começar pelo goleiro Doni, o maior mistério do novo time, passando por Elano e Diego, que se esconderam no jogo de estréia, chegando a Vágner Love que nunca conseguiu jogar alguma coisa com a camisa da seleção. Para agravar o problema, Fred machucou-se e voltou.

Por uma questão de coerência, é provável que Dunga mantenha a formação para o jogo com o Chile. Mas sabe, antes mesmo de a bola rolar, que terá de mexer no doce para ele não perder o ponto e desandar de novo.

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