O Atlético conseguiu recuperar o conceito de que é um time forte quando atua na Arena da Baixada e isso ficou claro nas duas últimas vitórias.
A partida de ontem foi disputada com intensidade debaixo de chuva no primeiro tempo e o treinador Vanderlei Luxemburgo ajudou no triunfo do Furacão ao promover três substituições aos 12 minutos do segundo tempo, esfriando o Flamengo, que não conseguiu ameaçar nenhuma vez a meta do goleiro Weverton. Ele queimou todas as alternativas de mudança estratégica e correu o sério risco de ficar com menor número de jogadores até o encerramento da partida.
O gol de Eduardo da Silva foi irregular e nem mesmo o árbitro de fundo, ao lado da baliza, mostrou capacidade de interpretar o lance corretamente. Mas o Atlético recuperou-se no plano emocional e apresentou uma atuação eficiente, chegando ao empate com Cléo, que aproveitou o rebote do arqueiro na bola chutada por Dellatorre. Virou o placar, novamente com Cléo, daí em cobrança de pênalti sofrido por Marcelo e bem caracterizado pelo árbitro.
Na etapa final, como destaquei acima, Luxa colaborou com alterações infrutíferas cedendo campo ao adversário que criou inúmeras oportunidades para a ampliação do escore, sem ter sido incomodado nos raros contra-ataques do Flamengo.
Claudinei Oliveira armou com perspicácia o time no plano tático e soube mexer no momento certo para forçar a marcação do terceiro gol.
O Furacão poderia ter matado o jogo antecipadamente, não houvesse tantos passes errados e chances desperdiçadas pelos atacantes, sendo que a melhor finalização foi do lépido Douglas Coutinho provocando sensacional intervenção do goleiro carioca.
Cada vez pior
Se havia uma réstia de esperança no coração coxa-branca de ver o time surpreender em Florianópolis, ela se apagou no brutal erro da arbitragem que anulou gol legítimo de Robinho. Nem ele e muito menos Alex, que promoveu a assistência, estavam em posição de impedimento.
Tentando resguardar-se com as escalações dos médios Sérgio Manoel e Rosinei, pouco a pouco o treinador Marquinhos Santos viu ruir o seu planejamento com um rosário de gols do Figueirense.
No primeiro, penalidade máxima de Vanderlei que resultou na bem sucedida finalização de Marco Antônio e, na etapa complementar, o sistema de zaga alviverde foi completamente envolvido pelo ataque catarinense. Até Marcão o atacante banido pelo Atlético depois de perder gol imperdível no Atletiba do ano passado deixou duas vezes a sua marca nas redes do Coritiba.
A situação está cada vez pior para o lanterninha do campeonato e com reduzidas perspectivas de melhora diante do futebol apresentado. Na verdade, a única alternativa é a superação em todos nos jogos programados para o Alto da Glória.
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