A ousadia do técnico Mario Sergio custou caro ao Atlético, que realizou atuação ridícula e acabou goleado pelo Goiás. Luzindo frouxamente na meia-cancha, sem marcação e errando muitos passes, o Atlético ofereceu as condições para o Goiás abrir larga vantagem no primeiro tempo. No intervalo, demonstrando que transformou o time em mero laboratório de exóticas experiências táticas, Mario Sergio promoveu três substituições e não resolveu nada.
Serviu para reforçar um pouco a retaguarda, mas mesmo assim o Goiás chegou ao quarto gol, e em nenhum momento o Furacão apresentou condições técnicas de, pelo menos, esboçar algum tipo de reação. Se já tinha uma equipe tecnicamente sofrível, agora o Atlético conta com um técnico que parece fora da realidade. Foi a sua quarta derrota consecutiva.
Seleção sem graça
A culpa não é do técnico Dunga, mas da safra de jogadores brasileiros. Estamos numa entressafra, na qual os atuais integrantes da seleção sucedem a geração de ouro de Taffarel, Romário, Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo, Rivaldo, mas sem o mesmo talento.
Não é todo dia que se produz um craque. Temos bons jogadores, como é o caso de Robinho, mas longe de ser craque. Craque mesmo só Kaká, ainda fora da seleção, e com Ronaldinho Gaúcho quase transformado em jogador comum.
Portanto, não esperem grande coisa da seleção brasileira nas próximas temporadas. Basta correr os olhos pela falta de criatividade dos convocados para a meia-cancha: Diego, Elano, Júlio Baptista e o rechonchudo Ronaldinho Gaúcho. O ataque também não anima, prevendo-se jogo difícil com o limitado Chile.
Paraná linear
Por mais que a diretoria tenha se empenhado na busca de reforços e na recuperação de jogadores importantes, como Leonardo, por exemplo, o Paraná continua sem força nas partidas fora de casa.
Menos mal que tenha conseguido vencer na Vila Capanema, mas surge fundamental a conquista de pontos fora para evitar surpresas desagradáveis no final do campeonato.
Anteontem, na goleada imposta pelo Bragantino, a atuação do Paraná foi linear: ruim do começo ao fim.
Um achado
Não sei como é que Dinélson está fisicamente, mas se estiver bem condicionado, em breve a torcida coxa-branca vai constatar que a sua contratação foi um achado.
Trata-se de meia de ligação raro no atual futebol brasileiro: com habilidade, visão de jogo, dribla bem, sabe dar o tempo para o passe ou o lançamento e possui capacidade de finalização. Encaixará com facilidade no sistema ofensivo do Coritiba.
Por outro lado, aumentou a curiosidade em torno do verdadeiro futebol do atacante argentino contratado e ainda não aproveitado pelo técnico Júnior. Será um goleador ou mais um esforçado grandalhão?
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