Tem razão o técnico Paulo Autuori ao afirmar que com menos de 30 dias de preparação é natural que uma equipe encontre dificuldades para apresentar melhor futebol.
Vítimas dos calendários políticos e comerciais da CBF e da Conmebol, os times estão se virando como podem.
O Millonarios teve mais circulação de bola e volume de jogo, porém esbarrou na bem constituída zaga atleticana e, sobretudo, no extraordinário goleiro Weverton, o dono do jogo em Bogotá.
Apesar do pouco entrosamento do meio para frente e da altitude da capital colombiana, foi notável a personalidade dos jogadores do Atlético na batalha vencida com muita dificuldade.
Pesou a seu favor a experiência da maioria, com destaque a Paulo André, que se afinou com Wanderson tanto quanto com Thiago Heleno fechando o corredor central da retaguarda. Bons desempenhos dos alas Jonathan e Sidcley; Otávio esteve em plano mais elevado do que Lucho González e Nikão e Carlos Alberto ajudaram bastante enquanto tiveram fôlego.
Pablo e Grafite apareceram pouco pela escassez de jogadas ofensivas, algo que só começará a ocorrer com o ajuste definitivo da meia-cancha. Nos pênaltis todos brilharam garantindo a classificação do Furacão para a segunda etapa da Libertadores.
Copa do Brasil
Pelo que contaram os colegas das emissoras de rádio o Paraná conseguiu escapar da eliminação, em Sorocaba, na bacia das almas penadas, literalmente.
O gol salvador só aconteceu aos 46 minutos do segundo tempo sobre o São Bento.
Indicativo de que o treinador Wagner Lopes terá longo caminho a percorrer até conseguir achar o ponto de equilíbrio do elenco paranista.
Pelo que deu para observar na atuação do Coritiba – a primeira que vi nesta temporada – Carpegiani terá muito trabalho para melhorar o rendimento da equipe.
Mesmo diante do modesto Vitória da Conquista o Coxa não conseguiu se impor plenamente como força técnica mais tradicional. Antes, pelo contrário, tentou armar uma correria para cima dos baianos e até poderia ter dado certo não fossem as oportunidades desperdiçadas e o pênalti mal cobrado por Kléber.
Porém, no desarranjo defensivo o Vitória da Conquista aproveitou-se e abriu a contagem com Toddynho – forte desde criança – e o Coritiba teve de correr atrás do resultado.
É compreensível a falta de ritmo pelo pouco tempo reservado para a uma pré-temporada profissional, daí as incertezas de Carpegiani, ao ponto de o time terminar a partida com quatro atacantes: Kléber, Rildo, Neto Berola e Henrique Almeida.
O gol salvador, curiosamente, foi assinalado pelo zagueiro Werley, de cabeça, após cobrança de escanteio.
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