O mandato da atual diretoria do Atlético está chegando ao fim e, pelo baú de insucessos do time, abriu vasto leque de candidatos para a eleição de dezembro.
Não cabe ao cronista analisar o perfil dos candidatos – e muito menos tomar partido na política interna atleticana. Porém, o torcedor e o associado precisam ser alertados para que o clube não seja entregue para oportunistas ou líderes de ocasião.
É importante analisar os grupos que cercam os candidatos, avaliando a sua capacidade de manter a estrutura patrimonial adquirida, gerenciar a grande empresa em que se transformou o Atlético, averiguar através de auditorias as contas deixadas, recuperar a imagem da instituição que se fechou nos últimos anos e, sobretudo, devolver ao torcedor a alegria de vibrar com um time competitivo dentro de campo.
O baú de insucessos do futebol é abrangente diante de tantos fracassos, culminando com a melancólica eliminação na Copa Sul-Americana para o modestíssimo Sportivo Luqueño, do Paraguai.
O lance do primeiro gol foi emblemático: falha grosseira de Kadu e um chapéu do paraguaio em Vilches. A dupla de zaga que vem enterrando o Furacão há muito tempo.
Tudo ou nada
Em clima de verdadeiro fim de feira, onde acontece um pouco de tudo, o Coritiba vive o seu pior momento na temporada. Abalado pela tentativa de invasão do vestiário depois da última derrota, o time tem consciência de que o clima de amanhã, na partida com o Figueirense, será de tudo ou nada.
Concorrente direto na desesperada luta contra o rebaixamento, a equipe catarinense vem para tentar tirar proveito da convulsão alviverde.
Um gaúcho que se mudou há anos para Curitiba e divide a sua paixão pelo Inter com o Coxa, sintetizou a seu modo a situação no Alto da Glória: “Está alto para carpir, baixo para roçar e molhado para queimar”.
Como futebol se ganha no campo, os torcedores esperam que Ney Franco consiga diminuir a margem de erros na escalação e nas substituições, mas, principalmente, que os jogadores também voltem a acertar.
Rotina
Virou rotina no cotidiano do Paraná a alternância de notícias que tratam do seu esfacelamento patrimonial com a incerteza futebolística.
O assunto agora é a iminente negociação da sede na avenida Kennedy, antes que seja tarde demais. Lamentável desfecho, sob todos os aspectos, mas é a dura realidade econômica do clube que se esvaziou através dos anos.
O futuro esta sendo projetado para a Vila Olímpica do Boqueirão, o último reduto tricolor. No campo, sexta-feira à noite, o Paraná recebe o Macaé com a esperança de voltar a vencer na Vila Capanema.
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