Entidade considerada impenetrável, a Fifa manteve as eleições para o quinto mandato do presidente Joseph Blatter, mas ele não resistiu à pressão e renunciou.

CARREGANDO :)

Qualquer semelhança com o combate ao crime organizado nos Estados Unidos na década de 1930 pode ser mera coincidência, porém foi o FBI, em conjunto com a polícia suíça, que promoveu o cerco em torno dos cartolas que comandavam o milionário mundo do futebol: prendeu alguns e denunciou outros, até alcançar o secretário-geral, Jérôme Valcke. De acordo com notícia do “The New York Times”, o número 2 da Fifa seria responsável pela transferência de US$ 10 milhões usados para pagamentos irregulares.

Foi a gota d´água para transbordar a capacidade de resistência do acuado Blatter. Na carta-renúncia, ele prometeu convocar novas eleições para o comando da entidade que controla o futebol mundial e produz bilhões de dólares de lucros.

Publicidade

O momento é propício para uma profunda reflexão interna, pois os principais cartolas da CBF estão na berlinda, acusados de diversos crimes praticados durante o longo reinado de Ricardo Teixeira e do sucessor, José Maria Marin, preso na Suíça. O presidente Marco Polo Del Nero está mais preocupado em salvar a própria pele do que oferecer um novo rumo ao combalido futebol nacional.

Contrastes

Futebol é mesmo diferente e, por isso, arrebatador: Marquinhos Santos, com dois anos de contrato no Coritiba, finalista do Estadual e único representante paranaense na Copa do Brasil, é levado a dar explicações pelos primeiros resultados ruins no campeonato nacional; Milton Mendes, desacreditado por muitos e mostrando coragem ao assumir o Atlético que disputou o Torneio da Morte, é compelido a dar explicações pelos primeiros ótimos resultados na competição.

Ambos são vítimas do proverbial despreparo dos dirigentes na gestão do futebol.

Mesmo sem dinheiro e com considerável passivo, a nova diretoria do Coxa saiu às compras, encheu a prateleira e continua tentando, como investir em Marcos Aurélio, doce pássaro da juventude que não canta mais. Depois, a culpa é do treinador.

Se em vez da desastrada pré-temporada na Espanha e dos faniquitos de tentarem diminuir a importância do título estadual, os diretores do Atlético tivessem sido humildes, reconhecendo a necessidade de dar satisfação e, sobretudo, alegrias ao associado, tudo poderia ser diferente. Até mesmo o Furacão repetido a performance do final da temporada passada e chegado ao título paranaense.

Publicidade

Os sócios não teriam abandonado o clube, a torcida estaria feliz com a taça, Claudinei Oliveira continuaria no comando e Milton Mendes não curtiria os seus 15 minutos de fama.