A empresa que administra o gramado do Maracanã provocou o Atlético antes do jogo, mas quem comeu grama foi o Fluminense que saiu vaiado do campo.
Melhor postado taticamente e atuando com consciência coletiva o time atleticano sofreu o gol, mas não perdeu a compostura.
Na etapa complementar impôs o ritmo e chegou ao empate através de cobrança de pênalti. Lucas Fernandes sofreu falta na grande área e Hernani cobrou com a sua peculiar competência.
Poderia ter virado o escore em finalização de Nikão, mas sofreu para segurar o empate em lance infeliz de Paulo André. Logo ele, o filosófico Paulo André, que cometeu falta risível e abriu as portas para o triunfo do Fluminense. Gustavo Scarpa chutou no meio da meta e o goleiro Santos defendeu com o pé esquerdo.
Empate garantido, boca calada dos grameiros cariocas e vida que segue.
Para desafogar
Coritiba, Vitória e Internacional entram nesta rodada com a obrigação de vencer, pois sabem que um deles será rebaixado. Figueirense, Santa Cruz e América-MG estão com os passaportes visados para a série B.
Como enfrentará o Santa Cruz, time praticamente rebaixado, aumenta a expectativa em torno de um triunfo do Coxa para desafogar de vez a sua missão na luta contra o descenso.
A torcida coxa-branca anda preocupada com a situação, afinal nas últimas temporadas o time não faz outra coisa sem ser fugir da degola. Nem mesmo o título estadual tem sido conquistado para dar um pouco de alegria ao torcedor. Tudo porque mexeu-se demais no departamento de futebol.
Foi experimentado um pouco de tudo. Do CEO responsável pelas estratégias que renunciou na primeira crise política, substituído por um supervisor que fracassou e foi demitido, ao afastamento do diretor da área, com destaque a rotatividade de técnicos e, sobretudo, de jogadores.
Agora vem Paulo Cesar Carpegiani e anuncia que não sabe se seguirá no clube após o encerramento do campeonato. Sinal de que o planejamento para o próximo ano está atrasado no futebol alviverde. Voltemos a partida desta quarta-feira. Será mais ou menos como dizia o antigo presidente do Fluminense, Francisco Horta: Vencer ou vencer.
Calendário
A CBF recompôs o calendário que já era ruim para 2017. Ficou pior com o aumento do número de participantes na Libertadores e a saída encontrada foi diminuir as datas da Copa do Brasil. Assim, nas duas primeiras fases, só haverá um jogo, o que certamente diminuirá a motivação dos pequenos times que têm a oportunidade de cruzar com os considerados grandes do futebol brasileiro. A Primeira Liga ficou fora do calendário oficial.