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O Coritiba conseguiu levar a decisão para o Alto da Glória sem conceder qualquer tipo de vantagem ao Atlético que, por sua vez, mais uma vez mostrou as razões que o tornaram freguês de caderno do velho rival.

Em partida tecnicamente fraca, prevaleceu o melhor entrosamento coletivo e o maior equilíbrio da meia-cancha – sob a liderança do categorizado Tcheco – diante de um adversário taticamente desorganizado e apenas voluntarioso.

A dupla Atletiba partiu para um jogo no qual se esperava que o Furacão conseguisse pressionar tentando tirar proveito do fator campo. Não conseguiu. Primeiro porque Juan Carrasco teve que mexer demais na escalação a começar pelo retorno do improvisado ala Pablo, com atuação apagada no mesmo baixo nível técnico de Heracles do lado esquerdo; Bruno Furlán bem inferior ao titular Guerrón e o esforçado Bruno Mineiro no lugar do lépido Edigar Junio.

Como insistiu em não escalar Zezinho, optando por Paulo Baier com atuação bem abaixo de suas possibilidades, o técnico atleticano viu o meio de campo fenecer diante dos três volantes escolhidos por Marcelo Oliveira com a clara intenção de obter o empate, conseguido no final graças a uma falha primária da zaga adversária.

O Coritiba começou jogando de forma acadêmica, tocando a bola e até mesmo sem sal, sem vibração, mas abriu a contagem em bonita jogada individual de Everton Ribeiro que se serviu das facilidades propiciadas pela desarrumada zaga atleticana. Em cruzamento de Ligüera após falha de Bruno Furlán, que errou a bola, Bruno Mineiro empatou o jogo.

Na etapa final o panorama não se modificou até que Ricardinho chutou de longe, o goleiro Vanderlei bateu roupa e no rebote Ligüera virou o placar.

Dali em diante, em vez de pressionar e procurar o terceiro gol para consagrar o triunfo, o Atlético encolheu-se, cedeu espaço ao Coritiba que, mesmo sem muito ímpeto, foi chegando, se aproximando e afinal empatando com Anderson Aquino após a bola correr em frente à defesa rubro-negra sem que alguém tentasse afastar o perigo.

O Atlético teve dois lances isolados para tentar o terceiro gol antes de sofrer o empate: uma finalização do jovem Taiberson que acertou o travessão e uma penalidade máxima sobre Zezinho que o árbitro deixou de apitar, parecendo fazer parte do script das arbitragens neste campeonato.

Aliás, tentando ser político o juiz Evandro Rogério Roman quase jogou por terra todo o trabalho ao permitir que o zagueiro Demerson fizesse gato e sapato de Bruno Mineiro, sem receber ao menos uma advertência verbal e deixou de mostrar cartão amarelo a Taiberson que deu um carrinho por trás em Lucas Mendes.

O empate foi justo, pois o Atlético confirmou ser uma equipe limitada para se impor diante de grandes adversários e o Coritiba jogou para o gasto, com a certeza de que vai liquidar a fatura em casa no próximo domingo.

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