Vivemos no Brasil uma realidade extremamente dura. A população anda cansada de conviver há tanto tempo com problemas crônicos como miséria, violência, corrupção, recessão, desemprego e incompetência dos gestores públicos.
Infelizmente alguns políticos, como esse deputado que é presidente interino da Câmara Federal, torna o projeto democrático quase ridículo, como se fosse uma brincadeira, uma miragem. Como dizia Roberto Campos, mestre da economia e da política: “A burrice no Brasil tem passado glorioso e futuro promissor”.
No futebol não é diferente. Basta analisar o calendário do futebol nacional no qual foram desperdiçados os primeiros quatro meses do ano com campeonatos estaduais deficitários, estádios vazios e motivação do público apenas nas decisões.
O Atlético, em meio à comemoração do título, já tem jogo pela Copa do Brasil e com a responsabilidade de não decepcionar. O mesmo acontece com o Coritiba que não teve nem tempo para curar as feridas deixadas pelo desconcertante fracasso nos Atletibas finais.
Tem sido assim para Paraná, Londrina e Operário, também envolvidos no torneio nacional. E, para não perder o embalo, o Campeonato Brasileiro começará no final de semana. Por causa desse calendário maluco da CBF aumenta a inveja que temos do organizado futebol europeu.
Zé Roberto
Quando aquele jovem alto, magro e comunicativo fez as primeiras apresentações no time do Atlético, constatou-se que se tratava de uma joia rara. José Roberto Marques, o Zé Roberto, revelado pelo São Paulo e cedido ao Furacão por empréstimo no mesmo pacote de Bellini, Penachio e Milton Dias virou ídolo. E ídolo das duas maiores torcidas. Brilhou tanto no Atlético como principalmente no Coritiba, onde foi várias vezes campeão e artilheiro.
Elba de Pádua Lima, o Tim, dizia que se Zé Roberto não fosse boêmio e levasse a carreira a sério teria participado da seleção na conquista do tricampeonato mundial em 1970, no México.
O técnico Tim assistia, fumando, ao treino do Coxa apitado pelo auxiliar Lanzoninho, na reta de chegada do tri paranaense em 1973, ao lado do supervisor Almir de Almeida e do gerente Hélio Alves. Com uma hora de atraso apontou Zé Roberto na boca do túnel.
Hélio Alves, sempre disciplinador, virou-se para os dois e comentou:
“Precisamos multar o Zé Roberto que está chegando outra vez atrasado para o treinamento.”
Tim, sem tirar a piteira da boca, sentenciou:
“O menino está no horário, os outros é que chegaram cedo. Craque não atrasa e domingo ele vai garantir o bicho de todos nós.”
Assim foi Zé Roberto, um dos maiores talentos do futebol brasileiro.
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