A dupla Atletiba começou o ano com esperanças renovadas.
Com o final das obras da Arena da Baixada, foi prometido ao torcedor atleticano investimento no futebol e uma temporada repleta de alegrias. Não foi bem assim, pois a desastrosa pré-temporada do elenco principal na Espanha somou-se as incertezas da instalação do teto retrátil e das tratativas com o governo e a prefeitura para pagar a conta da Copa do Mundo em Curitiba.
Apresentando o sexto treinador em apenas dez meses e com um time emocionalmente abalado pelo acúmulo de maus resultados, o Atlético tentará somar os pontos necessários para não ter surpresas mais desagradáveis até o fim da competição.
Com a escolha da oposição em concorrida eleição, o Coritiba abriu o calendário com a intenção de recuperar a hegemonia estadual e fazer boa figura nos torneios nacionais.
Problemas de toda ordem prejudicaram a decolagem do avião alviverde. Cofre vazio, contas a pagar, pendengas trabalhistas – com jogadores caros contratados pela diretoria anterior, além de juvenil e impressionante fogueira das vaidades entre os novos dirigentes – atrapalharam todos os projetos.
O saldo foi o título perdido em casa para o bravo Fantasma dos Campos, eliminação na Copa do Brasil e a incômoda luta contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. A carruagem da dupla Atletiba virou abóbora.
Rodada
Mesmo com alguns desfalques importantes, a torcida coxa-branca conta com uma postura tática mais equilibrada no setor defensivo. A experiência negativa na partida anterior, quando o Coxa foi goleado em casa pelo Galo mineiro, deve ter provocado o técnico Ney Franco.
O Joinville mantém tenaz disputa com o Vasco para fugir da lanterna, mas como tem emitido sinais de melhor futebol nas últimas apresentações merece atenção por parte do Coritiba.
Todos terão de suar aquela gotinha a mais para a conquista do triunfo reabilitador como visitante.
Cristovão Borges é a bola da vez no Atlético. Dos tantos que desfilaram nesta tempestuosa temporada no comando do Furacão, Milton Mendes foi o único que demonstrou capacidade de mobilizar o limitado grupo de jogadores, extraindo o máximo durante o turno do campeonato. O equívoco do rodízio, sonhando que dispunha de um elenco recheado de talentos, derrubou MM e abriu as portas para o treinador carioca.
Cristovão pegou um rabo de foguete nada desprezível, mas como tem experiência no ramo provavelmente manterá a calma e saberá como mexer com a cabeça de um time tecnicamente desequilibrado em todos os setores. Porém com alguns valores individuais que, quando querem, fazem a diferença.