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Atleta que se destacou na natação e no pólo aquático, defendendo o Fluminense e o Brasil em duas Olimpíadas; dirigente que conquistou o tricampeonato mundial de futebol como presidente da CBD – Confederação Brasileira de Desportos – e revolucionou a administração da Fifa como presidente durante 24 anos, João Havelange completou cem anos agitados de vida.

Reverenciado durante décadas por dirigentes, árbitros, jogadores, torcedores e autoridades em geral, o brasileiro filho de belgas Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange vive os seus últimos anos no ostracismo.

Convivendo com líderes mundiais, presidentes, reis, xeques, príncipes, ditadores, teve o seu cargo de presidente de honra da Fifa retirado por causa do escândalo de corrupção. Até a placa com o seu nome desapareceu na frente da sede da CBF no Rio de Janeiro.

Moro é coxa-branca

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Projetado pelos três títulos mundiais, graças a arte de Pelé, Garrincha, Didi, Nilton Santos e outros tantos de uma geração de ouro inigualável, ele derrotou o inglês Stanley Rous na eleição da Fifa em 1974.

A entidade possuía uma modesta sede em Zurique, com apenas 13 funcionários e o caixa vazio.

Apoiado por multinacionais que desejavam faturar com o futebol, Havelange montou uma estratégia moderna de administração.

Globalizou o futebol, incentivando a sua prática entre mulheres e abrindo as portas para torneios em todas as faixas etárias das categorias de base.

Abriu as portas para os até então discriminados países da África e Ásia e aproveitou as novas oportunidades de negócios proporcionadas pelas transmissões dos jogos através da televisão.

A venda dos direitos para a Copa do Mundo constitui-se até hoje na maior arrecadação de todos os eventos esportivos do planeta.

Deixou o poder por cima, com grande influência graças à eleição do seu secretário-geral Joseph Blatter e o reconhecimento do COI – Comitê Olímpico Internacional – que o elegeu um dos três maiores dirigentes do século.

Tudo virou cinzas a partir de reportagens investigativas realizadas nos últimos cinco anos pela imprensa britânica.

Longe das luzes da ribalta, com a maioria dos amigos e colaboradores afastados, João Havelange comemorou discreta e solitariamente os seus cem anos de existência.

EFABULATIVO: O húngaro Ferenc Puskás foi considerado o melhor jogador do mundo, rivalizando com o argentino Di Stéfano no Real Madrid pentacampeão europeu na década de 1950.

Dividindo o pedestal dos melhores conta-se que numa entrevista, perguntado quem era o maior jogador da história do futebol, Puskás respondeu:

“O maior jogador do mundo é Di Stéfano. Porque Pelé é do outro mundo...”

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