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Com os tropeços de In­­ternacional e São Paulo e a vitória do Palmeiras sobre o Cruzeiro, descortinou-se o cenário final do campeonato.

Mesmo reconhecendo as boas campanhas de Goiás e Atlético Mineiro, faltando 13 rodadas o título parece restrito aos três primeiros colocados.

Após a partida no Mineirão, uma das mais disputadas e empolgantes da temporada, o time de Muricy deu uma encorpada na corrida pelo título. Mostrou força defensiva e mobilidade ofensiva, com ótimas atuações de suas principais estrelas: Cleiton Xavier, Diego Souza e Vágner Love. Como receberá o frágil Atlético, no Parque Antárctica, tem a chance de firmar-se na liderança isolada.

O São Paulo, apesar do respeitável elenco e da tradição de energia na reta de chegada, tem perdido para ele mesmo. Ou seja, comete erros primários que inibem a sua decolagem em busca do quarto título consecutivo. Miranda, por exemplo, eficiente zagueiro, tem se mostrado dispersivo e até mesmo cometido faltas e pênaltis inexplicáveis. Sorte dele que o árbitro fez vistas grossas para a penalidade cometida no primeiro minuto da partida com o Santo André.

A meia-cancha é totalmente dependente do futebol de Her­­nanes; o ataque embola demais e desperdiça excessivo número de oportunidades. Mas o São Paulo é a grande sombra do Palmeiras.

O Internacional enfraqueceu com a perda de Nilmar e, agora, de Magrão, mas ainda pode assustar os dois principais favoritos.

Perdas

O Internacional compra e vende demais e isso tem atrapalhado os planos do técnico Tite, da mesma forma que Adílson Ba­­tista vem encontrando dificuldades para equilibrar o Cruzeiro depois da saída de Ramires e Wagner, seus dois principais cria­­dores de jogada. Quando o ataque começou a afirmar-se com Kléber e Thiago Ribeiro, o primeiro pirou e foi fazer festa com a torcida Mancha Verde nas vésperas do jogo com o Palmei­­ras. Queimou o filme com a torcida do Cruzeiro, jogou mal e saiu vaiado de campo.

Mas o time que sofreu maior processo de esvaziamento no segundo semestre foi o Corin­­thians, com a venda da sua espinha dorsal: André Santos, Cris­­tian e Douglas. Com Alessandro e Marcelo Oliveira fora de ritmo e Ronaldo e Jorge Henrique le­­sio­­nados, a equipe de Mano Me­­nezes sucumbiu. Depois da goleada para o Goiás, só mesmo um triunfo arrebatador sobre o São Paulo poderá salvar o Corin­­thians no campeonato.

Finalmente o imprescindível olhar local com o permanente drama da dupla Atletiba na luta contra o rebaixamento. Con­­fesso que tem dia que dá uma vontade danada de recorrer àquele absurdo expediente concedido aos funcionários públicos e requerer uma licença-prêmio de seis me­­ses. Seria a única forma de evitar as constantes e inevitáveis críticas às más administrações do fu­­tebol de Atlético, Coritiba e Para­­ná nos últimos tempos.

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