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Filas em frente à Arena da Baixada, pois este é o Atlético que a torcida gosta, o "El Paranaense", que está sabendo tirar proveito de sua primeira participação na Copa Sul-Americana.

Pena para os atleticanos que o time não esteja conseguindo realizar a mesma campanha no Campeonato Brasileiro, mais longo, mas difícil e no qual o clube teve um início acidentado.

Fiquemos, então, com a Copa Sul-Americana que está salvando o ano atleticano e mexendo com o torcedor.

Uma coisa parece certa: teremos gols na Arena da Baixada.

O Furacão, quando joga em casa, caracteriza-se pela ofensividade e pela facilidade de chegar à meta adversária. É um turbilhão que poucos resistem. Ainda estão frescas na memória as goleadas aplicadas no Nacional, no Paraná e no Vasco. Nos dois últimos jogos, entretanto, pelo Campeonato Brasileiro, o Atlético foi derrotado em casa pelo Corinthians e pelo Grêmio.

Acontece que, se possui um ataque irresistível, o Atlético conta com uma defesa irritante. Basta o adversário promover cruzamentos para que os zagueiros, quase sempre mal posicionados, falhem, batam cabeça e não interceptem a bola enquanto o goleiro Cléber raramente sai da meta para cortar. Foi assim que corintianos e gremistas liquidaram a fatura, o primeiro contra a zaga titular e o segundo contra a zaga reserva. Parece que o defeito vem de fábrica.

Até mesmo na goleada sobre o Vasco é preciso lembrar que, se o ataque teve a capacidade de marcar 6 gols, a retaguarda teve a incapacidade de sofrer 4 gols.

Essa deficiência pode representar problema na partida com o desconhecido – sob o ponto de vista técnico – Pachuca. Vamos conferir.

Clima de enterro

Foi doloroso observar o clima de enterro que tomou conta da grande torcida coxa-branca após o vexame de sábado, quando o Coritiba vencia por 2 a 0 e permitiu que o Galo mineiro virasse o placar.

Como todo torcedor, o do Coxa também é um apaixonado e se sente muito frustrado com a possibilidade de permanecer mais na Segunda Divisão. Além de constrangedor, por ser o único dos três times da cidade fora do baile principal, é preocupante o seu futuro no aspecto econômico-financeiro.

Se conselho serve, fiquem com esse de graça: na recomposição da comissão-técnica e do elenco, convoquem um diretor de futebol experiente, com história de sucesso no clube, para que ele possa trabalhar com os profissionais o mais distante possível do exibicionismo dos cartolas, das rixas políticas que açoitam o Alto da Glória e, sobretudo, daqueles "entendidos" que pululam nas arquibancadas com acesso aos vestiários e ao CT da Graciosa.

Em futebol, quanto menos gente mandar menor é a possibilidade de erro.

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