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O Atlético prossegue no seu caminho, alternando bons e maus resultados, na fase de melhor rendimento da equipe em uma temporada miserável com passagem até pelo Torneio da Morte estadual. Com sofrimento para sua torcida, é verdade, mas com firmeza. Torcida, aliás, que não lota a Arena da Baixada todos os jogos, como ocorre com Palmeiras, Corinthians e Internacional em seus modernos estádios, pela ausência de ídolos e irregularidade do time.

O descompasso técnico está intimamente ligado ao nível dos jogadores remanescentes e dos novos contratados. Vejam, por exemplo, Felipe e Bady, que até outro dia estavam jogando e acabaram emprestados para a Ponte Preta. Pelo que se entende de gestão futebolística, um clube só libera atletas que não figuram no elenco principal, nem como suplentes.

Ou outra situação: o chileno Vilches ganhou a posição de Gustavo, mas falhou nas duas últimas partidas, pois é zagueiro de pouca impulsão. O goleiro Weverton, que tem sido eficiente ao pé das traves, falhou em lances capitais por não sair da meta nos dois gols do Corinthians e no gol de Fred que deu a vitória ao Fluminense. Ah, se o goleiro fosse Rafael Camarotta, até agora Fred estaria esperando a bola.

Os laterais Eduardo e Natanael são capazes de tudo – de uma boa jogada aqui, uma pixotada ali. Eduardo é mais equilibrado. Otávio e Hernani deram elegância ao meio de campo, mas continua faltando o meia de ligação que Marcos Guilherme não consegue ser. No ataque, apenas Walter, robusta andorinha que conquistou a confiança do torcedor.

Com esse diagnóstico, devemos considerar boa a campanha do Furacão até agora.

Purgatório coxa

O purgatório, como ensina a tradição religiosa cristã, é lugar onde se sofre, antes de chegar ao paraíso. O panorama que emoldura o Coritiba no momento é de plena purgação.

A má campanha do time tem sido uma provação para todos os escalões alviverdes.

Primeiro, pela inexperiência da nova diretoria; segundo, pelo contencioso herdado.

A pouca vivência no futebol tem levado ao cometimento de alguns equívocos, agravados pela latente crise política dentro do próprio grupo, com o afastamento de dirigentes – Ricardo Guerra e Ernesto Pedroso – que figuravam na linha de frente da renovação pregada no período eleitoral.

A herança com ações trabalhistas e outras pendengas judiciais travam o dia a dia e as tentativas de encontrar soluções técnicas efetivas para o time se mostraram inócuas por enquanto.

Até o departamento médico foi colocado em xeque.

Demonstração mais do que suficiente para mostrar quão profundas terão de ser as reformas estruturais para o nascimento de um novo sol no horizonte coxa-branca.

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