O time reserva do Atlético vinha jogando mal, até que se encorpou com a entrada de jogadores mais qualificados e conseguiu dar uma chacoalhada no time suplente do Coritiba. Foi uma partida de contrastes, pois enquanto o Furacão fez tudo certo desde o início, jogou com garra, disposição e mostrou força técnica para merecer a goleada, o Coxa fez tudo errado e não se encontrou em momento algum. Nem mesmo jogadores mais experientes como Keirrison e Anderson Aquino conseguiram brilhar, entregando-se à marcação adversária.
Houve dois pênaltis no mesmo lance, já que o zagueiro do Coritiba acertou a cabeça do atacante atleticano e na sequência Igor Leandro meteu a mão na bola. O estreante Bruno Mendes, que realizou boa atuação, cobrou a penalidade com categoria, abrindo o escore do clássico.
Esperava-se o time coxa-branca com outra postura na etapa final, mesmo com um jogador a menos, mas o que se viu foi o amplo e absoluto domínio do Furacão, que pressionou sempre, a partir do armador Hernani, com grande desenvoltura técnica. A defesa melhorou em relação às partidas anteriores e o ataque se movimentou muito, com Douglas Coutinho servindo Marcos Guilherme para a marcação do segundo gol. Bruno Furlan fechou a contagem e por pouco não saiu o quarto gol da noite.
Muito boa a arbitragem de Rodolpho Toski Marques, da nova geração do apito paranaense, neste Atletiba diferente, pois pouco mais de seis mil pessoas compareceram à Vila Capanema.
Paraná acordou
Mesmo favorecido pela tabela organizada pela Federação Paranaense de Futebol, o Paraná não conseguiu tirar proveito nos jogos disputados na capital e foi buscar a sua reabilitação em Ponta Grossa.
Com um time extremamente modesto e apresentando falhas grosseiras na composição defensiva sofreu dois gols em jogadas de mau posicionamento do miolo da zaga o Operário facilitou as coisas para o Paraná. Continua chamando atenção a dificuldade que os dirigentes do Fantasma demonstram para a constituição de uma comissão técnica de nível mais elevado e, sobretudo, a formação de um elenco à altura das tradições do futebol que se praticou no passado em Vila Oficinas.
Com cerca de 700 mil habitantes na região dos Campos Gerais, é incompreensível que o Operário não consiga trabalhar com eficiência na base, revelando jogadores e fugindo da ditadura dos tais investidores, que só empurram figurinhas carimbadas do saturado mercado nacional.
Desta feita, o treinador Milton Mendes soube montar a estratégia de jogo e conseguiu extrair o máximo dos principais jogadores do Paraná na consolidação do resultado satisfatório. Com dois gols, o avante Giancarlo foi o personagem individual da tarde.
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