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Na mesma proporção que aumentou a responsabilidade do Coritiba na cruzada em busca da Primeira Divisão, cresceram as suas chances matemáticas no Campeonato Brasileiro.

A responsabilidade fica por conta de um clube tradicional, dono de grande estádio e torcida enorme, exercendo pressão na luta por uma das quatro vagas para retornar a principal vitrine do futebol nacional.

As chances matemáticas são evidentes, tendo em vista que, da fórmula anterior, elas foram aumentadas em 100%. E o campeonato com turno e returno por pontos corridos será muito mais justo e equilibrado. Sem esquecer, é claro, que na turma de baixo será briga de foice no escuro para fugir do rebaixamento.

Sempre considerei enganosas as fórmulas eliminatórias. E a própria história do futebol é pródiga ao exibir as injustiças que houve através dos tempos. Aliás, nem sei direito se foram injustiças ou incapacidade técnica, mas algumas eliminações doeram na alma dos torcedores.

Lembram-se do drama da seleção brasileira após a derrota para a Itália no Sarriá, em Barcelona? Ninguém queria acreditar que o maior favorito à conquista do título havia sido derrotado por uma equipe retrancada, com marcação implacável e um contra-ataque mortal. Pois a Itália arrancou dali diretamente para o seu terceiro título mundial.

E o que dizer da Dinamarca, na Copa do Mundo de 1986, no México ? A Dinamáquina, como foi apelidada, ganhou os três jogos da primeira fase, foi cercada de euforia e acabou sendo mandada de volta para casa pela Espanha, nas oitavas-de-final.

O próprio Coritiba sofreu uma eliminação absurda para a Portuguesa, nas quartas-de-final do Campeonato Brasileiro de 1998, em pleno Alto da Glória.

Portanto, é bom o Coxa ir se preparando para os desafios de um campeonato longo, que exigirá muito do elenco, mas dentro de regras claras, equilibradas e com quatro vagas para a Primeira Divisão.

O time hoje

Se o torcedor coxa-branca tiver um pouco de paciência vai acabar vendo um time competitivo, entrosado e em condições de fazer boa figura no Brasileiro.

Acontece que as exigências da Segundona são outras e o fator psicológico, muitas vezes, pesa mais do que o componente técnico.

O time de hoje ainda está em formação e não se deve esperar mais do que o possível nas próximas partidas. O técnico Márcio Araújo demonstrou coerência ao manter os meninos na equipe principal, sobretudo o zagueiro Henrique que deixou muito boa impressão na partida em Toledo. Essa mixagem dos mais experientes com os jovens é que vai dar o caldo para o Coxa no restante da temporada.

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