O sucesso da fórmula de disputa do campeonato por pontos corridos está expresso na tensão que cerca as últimas rodadas. Não há um torcedor que consiga manter-se indiferente diante das circunstâncias. Chegamos ao clímax da competição.
Nem mesmo os torcedores daquelas equipes que se encontram no bloco intermediário sem ambição às vagas da Libertadores e sem risco de rebaixamento estão alheios, pois os confrontos chamam a atenção pelas necessidades dos seus adversários.
No topo, três partidas monopolizam o interesse das grandes torcidas, com o título da temporada em jogo: Goiás x São Paulo, Palmeiras x Atlético-MG e Corinthians x Flamengo. O Internacional terá missão mais fácil diante do rebaixado Sport.
Na parte de baixo, Santo André e Náutico dão os últimos suspiros, enquanto o Atlético tentará escapar vencendo o Botafogo e o Fluminense espera continuar vivo passando pelo Vitória. Dentre os ameaçados, a tarefa mais difícil será do Coritiba, enfrentando o Cruzeiro.
Respirem fundo e não sofram tanto, afinal são apenas partidas de futebol.
Sinal vermelho
Ao ajeitar a bola com a mão antes de dar o passe para a marcação do gol que classificou a França para a Copa, Thierry Henry acendeu o sinal vermelho no painel de controle da Fifa.
O jogador, que ficou sem jeito depois do gol irregular, pôs a mão na consciência e arrependeu-se do que fez. Pelo menos foi o que saiu na imprensa francesa. Logo na França, país da liberdade, igualdade e fraternidade; berço de grandes pensadores e filósofos, mas também repleto de contradições como a matança que se seguiu a Revolução, no período conhecido como o Terror, ou o colaboracionismo com os nazistas após a invasão da Alemanha na Segunda Guerra Mundial. Porém, contrastando com a conivência daqueles que ajudaram na deportação de milhares de judeus franceses, houve a resistência, tão digna e importante para as batalhas da libertação.
Para as regras do futebol, entretanto, a prejudicada Irlanda ficou de fora e a França está dentro da Copa na África do Sul. Mas a Fifa, que insiste em não se servir da moderna tecnologia para dirimir as dúvidas da arbitragem, pretende aperfeiçoar a vigilância nos jogos do próximo Mundial.
O lance com a mão de Thierry Henry acentuou na Fifa a necessidade de debater meios de evitar a repetição de episódios dessa natureza.
A tendência é a adoção de dois árbitros a mais nas partidas. Seriam auxiliares postados atrás das metas com a função de ajudar o árbitro central na elucidação dos lances duvidosos.
A proposta será debatida na semana que vem, durante a reunião extraordinária da Fifa, dois dias antes da realização do sorteio dos grupos da Copa do Mundo.
Mas, por enquanto, não passam de especulações as notícias de que o jogador francês seria punido pela entidade.
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