O Maracanã foi inaugurado, mesmo com todos os problemas antigos e vergonhosamente corriqueiros em obras públicas brasileiras, especialmente no entorno do belíssimo estádio.
O jornal britânico The Guardian resumiu tudo nesta sentença: "A nação abençoada com o time de futebol mais bem sucedido do mundo também é amaldiçoada por alguns dos piores exemplos de corrupção e burocracia".
No gramado magnífico, vimos o "Begin the biguine" da seleção em solo nacional. E o começo do começo deixou a desejar, tendo em vista o equívoco de Felipão ao escalar o ponta-de-lança Paulinho como volante, escolher o fraco Filipe Luís como ala esquerdo e insistir com Hulk como opção ofensiva.
No primeiro tempo, a equipe mostrou volume de jogo, mas foi improdutiva e ofensivamente apática. Na etapa final, quando a Inglaterra entrou no jogo o Brasil correu atrás e saiu-se melhor com as entradas de Hernanes e Lucas, e com Paulinho na sua verdadeira posição. Neymar foi figura decorativa, com atuação beirando a indigência criativa diante do prestígio que ostenta.
O empate frustrou a espetacular plateia que voltou ao novo templo do futebol.
Muro das lamentações
O fim de semana das equipes paranaenses transformou-se em muro das lamentações diante dos resultados insatisfatórios e das inúmeras falhas cometidas pela maioria dos jogadores.
Que o futebol brasileiro não conta com boa safra de jogadores, todos sabem, mas a dupla Atletiba e o Paraná não precisavam exagerar na dose nas primeiras rodadas do campeonato.
O Coritiba poderia ter liquidado a partida no primeiro tempo, mas novamente caiu verticalmente de rendimento, cedeu o empate e quase foi derrotado pelo Goiás.
O Atlético não mostrou capacidade para tirar proveito do péssimo primeiro tempo do Flamengo, foi dominado na etapa final, chegou a ampliar a contagem em contra-ataque, porém errou demais e continua sem vencer.
A rosca fajuta de Marcão, facilitando a vida dos cariocas no gol de empate, requer uma avaliação mais rigorosa de quem manda no futebol atleticano, afinal um jogador com essa acentuada limitação técnica não pode fazer as vezes de defensor.
O Paraná encarregou-se, mais uma vez, de mostrar-se eficiente no plano coletivo, porém perdulário nas finalizações. Perdeu a primeira na Série B deste ano.
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