Foi-se o tempo em que os embates entre seleções monopolizavam a atenção dos países que se enfrentavam no campo.

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A Copa do Mundo ainda chama a atenção por se tratar de um megaevento, bem organizado, super-promovido e que envolve milhões em interesses de toda espécie. Mas, com o passar do tempo, até a Copa do Mundo de futebol não passará de mais um programa da televisão.

Antigamente era fácil mexer com o patriotismo ou com o fanatismo do povo, tanto que os locutores de rádio incendiavam as refregas do velho Campeonato Sul-Americano ou da Taça Libertadores da América. Com o advento da televisão e, mais recentemente, da comunicação instantânea através das mais diversas formas, com destaque à internet, o torcedor ficou mais bem informado e, conseqüentemente, menos passional. Pelo menos em relação à seleção, já que a paixão pelos clubes continua intacta. E, exatamente aí, é que reside o esvaziamento dos torneios entre seleções: o torcedor vibra muito mais com o seu time de coração do que com essa legião estrangeira que a CBF reúne uma vez por mês para amistosos caça-níqueis ou torneios desinteressantes.

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A Copa América, transformou-se em mera atração televisiva, provavelmente com baixos índices de audiência, dependendo da categoria do jogo.

Acontece que o nosso continente é muito pobre, os países lutam com muitas dificuldades, começando pelo mau comportamento da maioria da classe política, passando pelo elevado grau de corrupção até chegar aos baixos níveis sociais da população.

A pobre rica Venezuela, vivendo o transe provocado pelo histrião Hugo Chávez, realizou grande esforço para melhorar as condições de seus estádios, mas nem tudo ficou pronto a tempo. Os jornalistas que lá se encontram estão horrorizados com a organização do campeonato.

O anacronismo da Copa América é uma coisa real e palpável, tanto que os principais jogadores brasileiros, pela segunda vez consecutiva, esquivaram-se de disputá-la. Vamos ver se a Argentina consegue o título desta vez, pois na passada acabou perdendo para o time reserva do Brasil.

A ausência dos craques – Kaká, Ronaldinho e Ronaldo – diminuiu, sensivelmente, o interesse do torcedor brasileiro que não se anima com o time de Dunga. Aliás, o jovem selecionador nacional, pela falta de habilidade demonstrada em suas relações com os craques, ficou sem melhores alternativas para formar a equipe.

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No papel, até que o time não é ruim. Resta saber se, na prática, as coisas vão funcionar.

A defesa está bem composta, porém, do meio para frente, a fragilidade parece evidente com as ausências já mencionadas.

Toma que Elano, Diego, Vágner Love e Robinho nos surpreendam, agradavelmente, com atuações primorosas e uma profusão de gols contra o México.