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Afinal, por que o Coritiba apresenta bom futebol e não consegue ganhar? Essa é a pergunta que estão fazendo baianos, troianos e romanos. Mas, particularmente, coxabranquianos.

Outra vez o time de Junior evidenciou bom comportamento tático e técnico, com vistosa atuação no segundo tempo, mas saiu derrotado de campo.

O acidente definitivo da partida ocorreu logo no começo do jogo quando o goleiro Vanderlei deu rebote em falta bem cobrada por Ramon, e Marcelo Cordeiro aproveitou para marcar o gol.

Não se culpe o goleirão coxa-branca, pois houve falta de cobertura da zaga, tanto que em seguida ele operou milagre ao defender um chute à queima-roupa do atacante Leandro.

Mas, se no primeiro tempo o Coritiba foi lucilante, vulnerável na defesa e insuficiente do meio para frente, na etapa complementar melhorou bastante e teve o domínio das ações. Mas não concluiu. E quando teve a melhor chance, com o goleiro colombiano Viáfara já batido, Henrique Dias chutou pela linha de fundo.

Respondendo, ou tentando responder, a pergunta feita no início, o Coritiba foi uma equipe que luziu frouxamente. Da mesma forma nas partidas anteriores no Alto da Glória, contra o São Paulo e o Botafogo em especial, o Coritiba empenhou-se, trabalhou bem a bola, mas na hora do vamos ver, fracassou.

Não foi diferente, ontem, na derrota para o Vitória, na Bahia.

Com isso, afastou-se um pouco mais da classificação para a Taça Libertadores da América, frustrando o principal projeto da temporada em andamento, como parte da programação de festejo do centenário no ano que vem.

Para cima

O primeiro passo foi dado para tentar afastar o Atlético do perigo do rebaixamento.

Ninguém esperava uma atuação arrasadora simplesmente porque o icônico técnico Geninho foi contratado e aceitou retornar ao clube nestas circunstâncias dramáticas. Mas tudo saiu conforme o figurino possível: mesmo parecendo um time em começo de temporada, com alguns jogadores fora de forma física, esteve mais organizado no plano tático, com antigas limitações técnicas e realizou o suficiente, diante de um adversário fraco – ou do seu nível, se preferirem –, para vencer, aliviar a tensão e somar três pontos.

Ninguém exigiria jogadas trabalhadas, pleno entrosamento, tramas inventivas ou coisas do gênero de uma equipe que vem se arrastando no campeonato, com frenético entra-e-sai de dirigentes, técnicos, preparadores físicos e jogadores.

Pelo menos os atletas que estavam lesionados voltaram e, mesmo faltando melhor condicionamento físico, se esforçaram.

Netinho foi o autor intelectual das jogadas que resultaram nos dois gols da aguardada vitória.

Mas, há longo caminho a ser percorrido por Geninho e, sobretudo, pelo professor Moracy Sant'Anna para colocar o time atleticano nos trinques.

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