Correção de rumo

Quando muitos apressadinhos criticaram a contratação de Milton Mendes, sugeri paciência e tempo para analisar o seu trabalho. Com três vitórias e uma derrota injusta pelo que jogou no Serra Dourada, o Atlético surpreende os incrédulos e arrebata a sofrida e fiel torcida.

As coisas se encaixaram a partir do ajuste da zaga entre Gustavo e Kadu, a feliz contratação de Eduardo e a recuperação técnica de Natanael. Como Otávio marca tão bem quanto Deivid e é tecnicamente superior na saída para a armação ofensiva, o time cresceu com ele e Hernani no meio de campo. Nikão é uma grata surpresa e o resto é suor, sangue e sorrisos.

Nem mesmo a ausência do experiente Walter tirou o apetite ofensivo do Furacão, que se impôs ao Joinville e soube aproveitar os momentos certos para garantir o primeiro triunfo fora de casa. A correção de rumo no plano tático foi efetuada pelo treinador que, como todo atleticano vivo ou morto sabe, ainda há muito serviço de carpintaria a ser feito em um elenco tecnicamente modesto, mas brioso e com vontade de superar-se nesse campeonato longo, difícil e que se constitui em grande vitrine para todos os jogadores.

Brincadeira tem hora

Leandro Almeida não só deixou o goleiro Bruno em má situação como abateu o time inteiro com a falha grotesca no primeiro minuto de jogo.

Brincadeira tem hora e, positivamente, esta foi a pior hora para uma lambança dessa magnitude. O time coxa-branca passou o primeiro tempo inteiro tentando se arrumar como conjunto e todos procurando resolver o problema individualmente. Na melhor chance, Wellington Paulista finalizou bem, mas, caprichosamente, a bola bateu na trave do goleiro Vagner.

Logo no recomeço da partida veio o empate e acreditava-se em novo ânimo do Coritiba. Mas o que se viu foi um grupo nervoso, confuso e com questões estratégicas mal resolvidas por Marquinhos Santos que também foi infeliz nas substituições processadas.

Com o Avaí não estava para brincadeira partiu para a vitória e, em jogada irregular de Eduardo que dominou a bola com o braço antes de habilitar Roberto para a finalização, os catarinenses chegaram a vitória.

Bola de cristal

A bola de cristal do presidente Casinha devia estar com a bateria gasta quando ele previu a classificação do Paraná com três rodadas de antecedência para a Série A de 2016.

É aconselhável rever os planos e tratar de melhorar o sistema defensivo que tem dado muito mole aos adversários neste inicio de competição.

Amanhã, às 21h50, frente ao Botafogo, na dá para repetir os mesmos erros, sob risco de nova frustração da torcida tricolor na Vila Capanema.