Depois de uma semana miserável, com problemas dentro e fora do clube, o Coritiba conseguiu sair do sufoco com a goleada sobre o J. Malucelli.
Poderá sair do próprio inferno astral se conseguir vencer o Náutico e seguir em frente na Copa do Brasil. E o time pernambucano não chegou a impressionar.
Ou seja, o Coxa venceu com autoridade o J. Malucelli, mas precisa ter em mente que a atitude deve ser mantida e que qualquer descuido poderá ser fatal.
O que a torcida coxa-branca espera é que a equipe entre em campo com a mesma determinação do último domingo e que os jogadores iniciem a partida unidos e com espírito de decisão. Foi graças a esse comportamento de inteira doação física que o time se superou no plano tático e técnico, impondo-se ao adversário e garantindo a classificação para as semifinais. A vontade foi determinante no triunfo.
Deve ser lembrada, também, a participação do treinador Estevam no processo, pois além de ter mudado a postura da meia-cancha, foi feliz ao resgatar algumas revelações das categorias de base. Henrique e Anderson Gomes foram decisivos para o resultado reabilitador. No mesmo nível do goleiro Artur, do zagueiro Índio e do coringa Jackson.
Givanildo é o homem
Os efeitos pirotécnicos provocados pela contratação do técnico Matthäus e as desastrosas conseqüências causadas pela sua fuga passam a fazer parte do histórico do "projeto" atleticano.
Cabe à diretoria, cada vez mais intolerante com a imprensa, tratar de juntar os cacos e dar um novo rumo ao cultuado "projeto" do clube que, mais uma vez, desperdiçou o primeiro trimestre do ano com experiências laboratoriais.
O ungido foi Givanildo que fez carreira de técnico no futebol nordestino.
Em princípio dele nada posso adiantar, pois acompanho muito de longe o futebol daquela região e as peripécias dos clubes pernambucanos, que passaram anos enterrados na Segunda Divisão brasileira. O Santa Cruz subiu pelas mãos de Givanildo, o que não deixa de ser uma credencial razoável.
Só que o problema não se resume ao técnico, mas aos verdadeiros objetivos do Atlético que, em vez de formar times de competição com elementos que tenham identidade com o clube, cultiva curioso rodízio de jogadores, formando quase uma legião estrangeira que não assimila o amor da torcida pelo time.
A apática apresentação no jogo decisivo com a Adap, em Campo Mourão, foi sinal mais do que significativo de que a maioria só corre mesmo dentro da Arena, fato que tem contribuído para os últimos fracassos do time nos campeonatos que participa.
Sempre falta alguma coisa para o Furacão se tornar campeão.
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