O Coritiba cumpriu o seu papel: bateu o Londrina na última rodada, reabilitou-se e não tomou conhecimento do resultado do jogo disputado em Ponta Grossa. Com o triunfo sobre o Londrina, mesmo sem intenção, entregou de bandeja o título do returno ao Atlético com quem decidirá o título da temporada, repetindo o que vem acontecendo nos últimos anos. Só que o Atletiba dessa decisão será prejudicado pelo fato de o Furacão estar sendo representado pelo seu time sub-23, que ontem caiu na dura realidade ao ser impiedosamente goleado pelo Operário, enquanto o Coxa, que não tem nada com a política adotada pelo rival, parece ansioso para colocar no peito a faixa de tetracampeão estadual.
Não deixou de ser surpreendente a campanha dos garotos atleticanos que devem ter se empolgado com a vitória sobre o Coritiba e se descuidado no jogo de ontem, realizando um péssimo segundo tempo, com graves falhas defensivas e nenhum sentido de organização do meio para frente.
O Coritiba, ao contrário, mesmo sem meio time Alex não jogou dominou amplamente e construiu sólido escore, não deixando qualquer dúvida quanto as suas reais possibilidades nos encontros decisivos diante do maior e mais antigo rival.
Não deixou de ser decepcionante o comportamento do Londrina, afinal, ele só dependia do próprio esforço para credenciar-se a decidir o título, ainda mais por ter sido a equipe que somou maior número de pontos na competição. Se olharmos por uma perspectiva de resgate histórico, a campanha foi boa e o clube está de parabéns por ter retornado à vitrine principal do futebol paranaense. Porém, pelo viés do resultado de ontem, esperava-se muito mais do time de Claudio Tencati.
O Operário jogou bem, venceu e não levou, pois a vaga na Série D ficou com o J. Malucelli. Uma pena, pois o Fantasma conta com uma grande e fiel torcida, enquanto o J. Malucelli não passa de mero figurante sem qualquer apelo popular. Restou aos operarianos o consolo de disputar o título do interior, e Vila Oficinas deve receber público expressivo tendo em vista a recuperação técnica desde que Paulo Turra assumiu o comando.
Finalmente, o Paraná, mesmo goleando na despedida que rebaixou o Paranavaí, voltou a decepcionar com uma trajetória pífia, tanto no estadual quanto na Copa do Brasil, onde já foi eliminado. Sobrou para o treinador Toninho Cecílio que, infelizmente, não deixou nenhum legado para os desafios que o Tricolor terá nas refregas da Série B do Campeonato Brasileiro.
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