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Depois de alguns tropeços o Coritiba tirou proveito da descaracterização do Cruzeiro e goleou. Desde o inicio da partida prevaleceu a melhor coordenação tática da equipe paranaense, destacando-se que o retorno de Rafinha abriu verdadeiro leque de opções ofensivas que não existiram durante a sua ausência pela falta de um substituto a altura. E Escudero vem conseguindo preencher a vaga deixada por Emerson, lesionado, sem maiores percalços no sistema defensivo.

Dois gols de bola parada com destaque à exímia cobrança de falta de Ayrton, a esta altura um batedor respeitável, e dois gols de jogadas trabalhadas na etapa complementar. Everton Ribeiro serviu Roberto, um dos raros atacantes que usam bigode no futebol, e Rafinha fez tudo para recuperar a imagem de Anderson Aquino após aquele grotesco tropicão em frente ao goleiro Fernando Prass em São Januário.

Nova feição

Demorou, mas o Atlético conseguiu apresentar um time com cara de que pode lutar por uma vaga entre os quatro que subirão para a Série A. Ainda está longe do desejável, mas a nova feição da equipe serviu não só para acumular três vitórias consecutivas como para recuperar a confiança do torcedor.

Os jogadores se apresentaram de forma mais organizada, especialmente no primeiro tempo, com o bom trabalho da meia-cancha liderada por Deivid; com João Paulo e Elias se movimentando de maneira racional; Henrique e Felipe se aproximando do avante Marcão criando situações para a marcação de gols. O ala Pedro Botelho mostrou-se em melhor forma do que Maranhão, Manoel continua indeciso e sem a mesma segurança, enquanto Cleberson desponta como revelação.

O técnico Ricardo Drubscky deveria ter mantido Elias em campo e mereceu as vaias da torcida, enquanto Paulo Baier apareceu bem e deixou Maranhão na cara do goleiro, porém o ala finalizou de forma bisonha. Valeu pelo resultado e a possibilidade de partir com o moral elevado para o clássico com o Paraná.

Curto circuito

O Paraná teve problemas durante a semana com uma desastrosa exibição frente ao Ipatinga, jogo no qual o técnico Ricardinho foi duplamente infeliz: ao substituir Lucio Flávio e ao criticar os jogadores depois da partida.

Levou o maior sufoco do ASA, mas conseguiu empatar graças a um golaço de Lucio Flávio e à extraordinária atuação do goleiro Luis Carlos. Não deixou de ser surpreendente o curto circuito entre Ricardinho e o elenco, afinal as coisas vinham caminhando a contento, indicando que o time estava encontrando o caminho e mantendo-se à frente do Atlético na classificação.

Diante dos últimos acontecimentos, aumentou a responsabilidade dos tricolores para o confronto de sábado diante do Furacão na Vila Capanema.

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