Muitos defendem a tese de que não há favorito em clássico, porém o retrospecto e todos os indicativos disponíveis apontam o Coritiba superior ao Atlético para o encontro de amanhã.

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Cruzando com frequentadores da zona de rebaixamento, o Coxa deu-se bem nos jogos com o Atlético Mineiro e o Santos, enroscou no Avaí e reúne todas as condições de confirmar o seu favoritismo no Atletiba.

O Atlético vive permanente e aparentemente interminável crise no seu departamento de futebol, tanto que há três anos não consegue vencer o maior clássico do nosso futebol e, nesta temporada, sofreu duas goleadas do tradicional rival.

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Os dirigentes atleticanos encontram muita dificuldade para contratar com sabedoria os profissionais, tanto que a intensa rotatividade de supervisores, técnicos, preparadores físicos e jogadores remeteu o clube a um profundo desgaste após diversas derrotas em todas as competições.

Os dirigentes atleticanos se perderam com escolhas equivocadas, principalmente de treinadores e diversos jogadores sem recursos técnicos para resolver os crônicos problemas da equipe. Muita pirotecnia e dinheiro jogado fora para obter resultados pífios.

Melhorou sob a direção de Renato Gaúcho, que, de forma simples e objetiva, equacionou questões que inibiam o desenvolvimento do time. Sem invenções e procurando extrair o máximo do limitado grupo colocado a sua disposição, ele colheu resultados sa­­tis­­fatórios que poderiam ter sido mais amplos se contasse com jogado­­res de maior envergadura técnica. Os recentes pon­­tos perdi­dos para São Pau­­lo e América Mineiro, por exem­­plo, refleti­­ram a baixa qualidade individual de al­­guns jogadores nos momentos decisivos das partidas.

Até pouco tempo, quando foram comparados os elencos, nenhum jogador do Furacão reunia credenciais técnicas para ser titular no Coxa. Hoje em dia dá para imaginar Deivid, Cléber Santana e Marcinho disputando posição no time adversário.

Com mais cuidado e competência no planejamento do seu futebol, os dirigentes coritibanos acertaram na escolha do eficiente supervisor Felipe Ximenes, do técnico Marcelo Oliveira e da maioria dos jogadores. O elenco oferece diversas opções ao treinador, que se aproveita disso e utiliza na plenitude quase todos os atletas.

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Não fosse a infelicidade de ter perdido o título da Copa do Brasil em casa, a esta altura a torcida coxa-branca estaria comemorando um ano perfeito. Mas ainda há tempo e o time aposta na recuperação da vaga na Libertadores. Para isso, terá de aproveitar a oportunidade e somar mais três pontos em cima do Atlético, que apenas luta para fugir do rebaixamento.

Para o torcedor rubro-negro resta a esperança da surpresa, já que uma das principais características do futebol é a de ser uma modalidade esportiva na qual uma equipe tecnicamente inferior pode vencer a superior.