Vice-líder e único invicto do campeonato, o Coritiba jogará, domingo, como favorito para vencer o maior clássico paranaense. Não chega a ser novidade, afinal o Coxa vem mantendo soberana liderança no futebol estadual, qualificando-se como tetracampeão, passando quase quatro anos sem perder no campeonato local para o seu maior rival e se destacando no cenário nacional com dois vices na Copa do Brasil.

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Mas o seu favoritismo, nesta partida, não se vincula ao retrospecto favorável que mantém diante do próximo adversário, mas pelas últimas atuações que apresentam evolução em relação ao que produziu no curso do arrastado Campeonato Paranaense.

O time parecia meio preguiçoso, talvez pela certeza de que seria campeão diante da prematura débâcle do Paraná, da fragilidade técnica do Londrina e, sobretudo, pelo inexplicável desinteresse do Atlético pelo único título verdadeiramente ao seu alcance. O Coxa só pegava no tranco, e isso custou algumas dores de cabeça e críticas ao treinador Marquinhos Santos.

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Motivado e contando com o retorno de jogadores importantes que estavam lesionados, a equipe coxa-branca mostra outra face no Campeonato Brasileiro, com atuações convincentes, dedicação integral e um ritmo mais intenso. Dessa forma, empatou com o Flamengo, fora de casa – uma deficiência nas últimas temporadas –, depois de estar inferiorizado por dois gols e quase virou o placar diante de 55 mil torcedores do time carioca. Por tudo isso reúne maiores condições de vencer o Atletiba.

Incoerência

Uma das principais marcas dos dirigentes do Atlético na gestão do futebol através dos tempos é a incoerência. Poderia elencar um rosário de exemplos, tais como as intempestivas dispensas de Ney Franco, que realizava bom trabalho e perdeu o título após as vendas de Ferreira e Claiton, o Predador, antes das finais com o Coritiba; ou de Geninho, que caiu após uma vitória dramática sobre o Paraná na Vila Capanema e outras, mas me reporto apenas a última: ou Ricardo Drubscky não era a cabeça pensante do prometido planejamento revolucionário do futebol atleticano para este ano?

Pois bem. Mesmo mantendo na folha de pagamento dois técnicos profissionais de reconhecida experiência – Antônio Lopes e Arthur Bernardes –, a diretoria optou pelo principiante Alberto para comandar o Furacão. Vá entender o que se passa pela cabeça dessa gente.

Alberto, que foi ala-direito de categoria, enfrentará alguns problemas até domingo: reanimar o elenco que sente os efeitos da péssima campanha; corrigir a postura defensiva, recuperar a capacidade criativa da meia-cancha e escalar o melhor ataque; preparar um esquema de jogo que iniba as ações do genial Alex, a movimentação dos alas e do meia Robinho, e o salseiro que Deivid cria na grande área dos adversários do Coxa.

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