Demorou, mas o Coritiba chegou à liderança. Graças à derrota do Criciúma e à vitória sobre o Clube do Remo, o Coxa alcançou o topo da disputa.

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Foi uma boa partida, com a equipe paraense surpreendendo pela ofensividade e bom mecanismo de jogo, mas o time de René Simões soube conter o adversário e construir o placar com tranqüilidade.

No primeiro gol grande jogada de Marlos e categoria de Keirrison na finalização; no segundo gol um passe perfeito de Keirrison para Hugo completar. O Clube do Remo diminuiu e pressionou, fazendo com que o Coxa tivesse de recorrer a tudo para evitar o empate. No apito final, o delírio da torcida.

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Efeitos do êxodo

Se o Campeonato Brasileiro arrasta-se pela pobreza técnica e a disparada do São Paulo pela falta de competidores do mesmo nível, prossegue, freneticamente, o êxodo de jogadores.

O fenômeno, evidentemente, não é exclusivo do Brasil. É continental, pela falta de melhores governos e, sobretudo, da recuperação plena da economia para a verdadeira valorização das moedas. Por isso qualquer país do leste europeu, da antiga e falida Cortina de Ferro, vem aqui e leva quem bem entender.

Recebi do meu amigo Raul Trombini, que voltou da sua fazenda no Uruguai, exemplar do jornal esportivo Al Toque que apresenta matéria sobre a avalanche de jogadores uruguaios que foram para o exterior.

Se em 2003 foram 35 jogadores para a Europa, a escalada foi aumentando até chegar a 103 em 2007. Como todos sabem, o Brasil já exportou mais de 800 jogadores nos últimos meses.

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Entre os uruguaios que estavam no exterior, o passe mais valorizado foi de Forlán negociado por 21 milhões de euros.

O reflexo da diáspora está no arrastado Campeonato Brasileiro, cada vez com menos atrações já que nem bem as revelações surgem vão embora.

Com o esvaziamento técnico dos times brasileiros, o torcedor obriga-se a admirar as peripécias de Edmundo, Vampeta, Finazzi, Aloísio, Tuta e outros veteranos que se divertem por aí.

A situação é tão constrangedora que o melhor jogador do campeonato é um goleiro: Rogério Ceni que está há 808 minutos sem levar gol. Para aumentar o carisma junto a torcida ele é o único goleiro que, além de defender pênaltis e praticar defesas importantes, também é artilheiro.

A rodada

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Enquanto o Paraná, com a cabeça fervendo, recebe o Corinthians, o Atlético vai motivado para cima do Fluminense no Maracanã. Coisas da bola.

Há poucos dias a situação era inversa, com o Paraná segurando o Cruzeiro na Vila Capanema e o Atlético sofrendo nas mãos do Santos. Duas goleadas, para o São Paulo e o Náutico, remeteram o Tricolor para a zona de rebaixamento e duas vitórias, sobre o Atlético Mineiro e o Goiás, deram novo oxigênio ao Furacão.