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O Coritiba confirmou a sua tradicional superioridade nos confrontos com o Atlético estreando no gramado sintético da Arena da Baixada com vitória.

Vencedor com regularidade nos clássicos realizados no Alto da Glória, o Coxa tem sabido tirar proveito das deficiências técnicas do velho rival nas disputas como visitante.

A sua preparação psicológica revela-se mais eficiente para o compromisso revestido de larga história e paixão.

Neste domingo (20), não foi diferente. Melhor organizado no plano tático, com Lucas Claro oferecendo mais consistência ao setor defensivo que se caracterizava como irregular, e com boa movimentação na meia-cancha o time de Gílson Kleina saiu-se melhor no primeiro tempo.

Sem padrão de jogo definido, instável na retaguarda e desorganizado no meio de campo a equipe atleticana não ameaçou a meta de Wilson.

Kleber e Walter, os jogadores mais caros da dupla, foram figuras decorativas.

Em compensação, no segundo tempo o meia Alan Santos turbinou o ataque alviverde. Primeiro, com dois tiros longos que ameaçaram o arco de Wéverton; depois, pela intensidade na exploração dos lados do campo.

Nas alterações processadas, o treinador Paulo Autuori foi infeliz. Além de não oferecerem o retorno esperado, o ala esquerdo Roberto entrou mal no lugar de Pará.

O veterano zagueiro Paulo André usou a mão para vencer Juninho pelo alto e o árbitro acabou não caracterizando o pênalti cometido.

Pela direita, Negueba recebeu a bola e cruzou na medida para Thiago Lopes completar, aparecendo livre de marcação. Comprovou-se o buraco na zaga atleticana.

Sem capacidade de reação e com a maioria dos jogadores demonstrando pouca vibração, o Furacão produziu menos naquilo que a torcida poderia esperar como atitude de competidor em um clássico da tradição e peso do velho e bom Atletiba.

Mantendo o ritmo e extraindo ao máximo as mazelas rubro-negras o Coritiba chegou ao segundo gol em jogada de Vinícius, que superou Eduardo e sofreu a penalidade máxima. Juan cobrou com categoria e fechou a conta.

Em um campeonato morno, que convém exatamente como laboratório de testes e experiências para o restante da temporada, o clássico serviu como termômetro.

O triunfo não autoriza o comando técnico do Coxa a se empolgar, pois há longo caminho a ser percorrido na estruturação do time. Mas, vitória no maior jogo estadual dá moral ao grupo.

Com tantos problemas a serem resolvidos e com o calendário entrando em ritmo acelerado, Paulo Autuori terá uma semana cheia para apresentar o seu repertório.

A exceção do lance em que Paulo André cometeu pênalti, foi equilibrada e segura a arbitragem do iratiense Fábio Filipus.

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