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Atlético e Coritiba – pela pontuação e bônus oferecidos pelo regulamento do campeonato – apresentam-se como os únicos candidatos reais ao título.

A pendenga dos mandos de jogos será examinada pelo STJD, porém, independentemente da decisão é importante observar o estágio técnico dos favoritos.

O técnico Ivo Wortmann joga a sua última cartada para segurar-se no cargo por meio da motivação que poderá ser proporcionada pelo atacante Marcelinho Paraíba. Ou, por outra: a chegada do experiente jogador começou a mexer com o brio dos demais, tanto que Pedro Ken e Carlinhos Paraíba destacaram-se na partida frente ao Nacional com rendimento superior ao que vinham apresentando.

Pode-se argumentar que a simples presença de Marcelinho Paraíba será insuficiente para recuperar tática e tecnicamente a irregular equipe coxa-branca, mas trata-se da última opção viável para salvar o título do centenário.

Na inauguração do Centro de Reabilitação do Atleta Profissional, no CT do Caju, tive a oportunidade de rever amigos, antigos atleticanos que estavam no desterro imposto pela diretoria anterior e conversei com o técnico Geninho. Inteligente e atento, Geninho expôs o seu ponto de vista em cima dos últimos comentários em torno do time. Admitiu o mal posicionamento dos zagueiros, a insuficiência técnica dos alas, a ausência de um meia armador e a irregularidade ofensiva. Assim, partindo do pressuposto que o time é restrito tecnicamente, concordamos que, para ser campeão, o Atlético terá de jogar sempre no limite.

Sem empenho não haverá a imprescindível superação.

Mas Geninho confia na recuperação dos jogadores e na conquista do título. Vamos conferir.

DM modelo

Com o objetivo de baratear o custo do departamento médico e ao mesmo tempo oferecer um centro modelo de recuperação de atletas profissionais, o Atlético saiu na frente outra vez.

Para o médico Edílson Thiele, dos mais atualizados na medicina esportiva e que também estava no exílio atleticano, as parcerias garantirão o sucesso do projeto que se assemelha ao núcleo do São Paulo, o mais avançado do país.

O médico José Luis Runco saiu impressionado com o padrão do CT do Caju, muito mais moderno do que em 2001, quando a seleção brasileira lá esteve concentrada para os preparativos da conquista do penta.

A propósito, uma passagem histórica desconhecida: o supervisor Antônio Lopes, que havia deixado o comando do Atlético para assumir o cargo na seleção, pediu para o técnico Felipão observar o meia Kléberson. Jogador polivalente que ofereceu cobertura a Cafu, Roberto Carlos e Rivaldo correndo o campo inteiro nos jogos da Copa do Mundo de 2002.

A convocação foi consolidada em jantar na residência do presidente Marcus Coelho – outro desterrado – em que Felipão tomou chimarrão e contou casos até a madrugada.

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