Volta e meia leio referências no jornal a um grande filósofo que teria dito em relação a um acontecimento: só acaba quando termina.
Desconfiam que foi Kant ou Schopenhauer, mas não afirmam porque não estão seguros. Na verdade, isso só pode ser coisa de jogador com a sua peculiar linguagem. Dizem os americanos que o inventor da frase foi Yogi Berra, jogador de beisebol, uma espécie de Neném Prancha dos gringos.
As finais da Copa do Brasil deste ano deixaram lições definitivas para dirigentes, jogadores e, especialmente, treinadores. Cronistas e comentaristas precipitados também devem ter aprendido alguma coisa com o verdadeiro curso intensivo aplicado nos jogos decisivos entre Santos e Palmeiras.
Os analistas porque se convenceram do favoritismo santista, persuadidos pela realidade das últimas atuações das equipes, mas esqueceram de que o imponderável é a parte boa do esporte. Aquele gol incrível perdido pelo atacante Nilson na Vila Belmiro viraria letra de tango na Argentina para embalar a desolação dos torcedores santistas.
Os jogadores porque houve provocação do lado do Santos após as finais do Paulista vencida em cima do Palmeiras. Falaram demais nesta nova decisão e queimaram a língua.
Os dirigentes porque permitiram que os dois técnicos poupassem os titulares no Campeonato Brasileiro, coisa que nenhum clube europeu de primeira linha faz. É mania de técnico brasileiro inventar para valorizar o produto e, obviamente, o grau de importância para o seu trabalho.
Marcelo Oliveira e Dorival Júnior são profissionais dos quais só podemos dizer coisas boas. Corretos, leais, educados, muito competentes e vitoriosos. Só que, em respeito a nossa velha amizade, fiquei com um pé atrás nesse negócio de escalar o time reserva quando ainda existiam chances de alcançar uma vaga na Libertadores. Nesse quesito quem saiu mais chamuscado foi Dorival Júnior, afinal, o Santos estava na frente de São Paulo e Internacional – que agora disputam a última vaga no torneio continental – e jogaria com adversários desesperados na luta contra o rebaixamento. Conseguiu perder para Coritiba e Vasco. E, talvez como castigo exemplar, também perdeu o título e a vaga na Libertadores.
Por que poupar atletas jovens, sobrando fisicamente e que recebem milhares de reais para desempenhar a função de três em três dias como fazem Messi, Cristiano Ronaldo, Robben, Müller, Neymar e outros?
O excelente goleiro Fernando Prass foi o personagem da noite com defesas portentosas, defendendo pênalti e marcando gol na cobrança da penalidade.
Na quarta tentativa, Marcelo Oliveira conseguiu erguer a taça da Copa do Brasil.
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