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O interessante na fórmula de disputa do campeonato por pontos corridos é que, a cada nova rodada, assistimos a jogos decisivos para as pretensões dos clubes.

E quanto mais nos aproximamos do encerramento, mais aumenta o grau de importância das partidas. Cada vitória passa a ser muito valorizada e os empates tão lamentados quanto as derrotas.

O Palmeiras, novo líder, já começou a sentir os efeitos da subida e teme não se sustentar muito tempo na invejável posição.

Acontece que a concorrência é intensa, tanto pelo título de campeão como pelas quatro vagas na Libertadores. Por isso, o técnico Luxemburgo e os jogadores assumiram o discurso da humildade, reconhecendo as dificuldades diante da tenaz luta com Grêmio, Cruzeiro, Flamengo, São Paulo e outros.

Diante deste quadro, o jogo entre Coritiba e Internacional prenuncia-se como decisão antecipada para o nosso representante. Primeiro, porque foi atropelado na classificação pelo adversário gaúcho que, neste Returno, tem cumprido campanha exemplar, justificando os altos investimentos realizados na formação de seu elenco. Uma curiosidade: em meio a tantos astros internacionais, os dois maiores destaques individuais são paranaenses que nem passaram pelos nossos clubes – o meia Alex, da região de Cornélio Procópio, e Nilmar, de Bandeirantes.

O Internacional chegará com o peso de uma equipe em ascensão frente ao Coritiba em busca do seu futuro. Jogão à vista.

Missão difícil

Há uns dois meses, naquele bate-papo diário às onze e meia da manhã na Rádio CBN, Luís Augusto Xavier indagou-me sobre o que seria mais difícil: o Atlético escapar do rebaixamento para a Segunda Divisão ou o Paraná escapar do rebaixamento para a Terceira ?

Respondi de pronto que a missão do Atlético seria mais espinhosa.

Primeiro, pelo nível técnico dos dois campeonatos. Enquanto o Furacão enfrenta o que existe de melhor no atual futebol brasileiro, o Tricolor participa de uma competição na qual a maioria dos adversários é de baixo padrão técnico. Segundo, porque o Paraná tem conseguido revelar melhores jogadores de ataque e, só mesmo contando com a renovação e a força jovem, eles conseguirão sair do sufoco.

Aí estão Giuliano e Pimpão dando o ritmo ao time de Comelli, que praticamente afastou-se do fantasma do rebaixamento.

Por outro lado, Geninho, com pouco tempo na casa, parece ainda não ter percebido o desgaste sofrido por jogadores que simbolizam o fracasso do futebol atleticano nos últimos anos, os quais voltaram a jogar mal na derrota para o Chivas Guadalajara e sairam de campo vaiados.

Enquanto isso, a melhor revelação atleticana, o polivalente Chico, ainda não se firmou como titular de uma equipe desajustada e que será levada a exaustão para evitar o desastre completo na temporada.

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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