A diferença de envergadura técnica entre o líder Corinthians e o frágil Atlético foi tão flagrante que o torcedor saiu de fininho e conformado da Arena da Baixada.

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As falhas grotescas de posicionamento da improvável dupla Vilches e Kadu e os altos e baixos dos alas contribuíram decisivamente para a derrocada atleticana em um primeiro tempo lamentável. Superior em tudo, marcando sob pressão a saída de bola no campo adversário, trocando passes com precisão e jogando em velocidade o Corinthians tomou conta do jogo e meteu logo 3 a 0.

A desproporção de categoria técnica entre as equipes foi tão acentuada que restou muito pouco ao atônito Cristovão Borges. Ao contrário, Tite incentivou os jogadores para que mantivessem o ritmo acelerado para extrair o máximo das graves deficiências defensivas do adversário quase nocauteado.

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No segundo a desigualdade diminuiu um pouco, não pela recuperação do Atlético ou da animação proporcionada pelo gol de Bruno Motta - jogador com alguns predicados, porém excessivamente lerdo. Foi o Corinthians que baixou um pouco a rotação diante do panorama descortinado com mais um triunfo assegurado sem grande esforço.

Walter perdeu chance real para diminuir, mas Kadu voltou a falhar e Vagner Love fechou a goleada.

Nova goleada

Indiscutivelmente o primeiro gol da Ponte Preta, assinalado de forma irregular na frente do árbitro, abateu o time do Coritiba. Mas não se justifica o passeio que levou com nova goleada sob o signo da apatia.

Na etapa inicial o time de Campinas foi superior, criou melhores oportunidades para marcar, porém o Coxa teve comportamento tático-técnico aceitável. Na etapa complementar, o Coritiba sucumbiu ao futebol envolvente e com rápidas soluções ofensivas da Ponte Preta.

Alexandro empurrou a bola com o braço esquerdo na jogada do primeiro gol. Como o apitador estava de frente para o lance e não viu, só resta aos clubes prejudicados pelas desastrosas arbitragens paralisarem o campeonato até que a CBF crie vergonha na cara.

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Há muita coisa em disputa para ser decidida nos erros clamorosos do trio de arbitragem.

Ney Franco substituiu Lúcio Flávio por Ruy e, em vez de melhorar, caiu o rendimento coxa-branca. A Ponte Preta tomou conta dos espaços, assumiu o controle absoluto da posse de bola e exigiu o máximo do goleiro Wilson.

Defesas importantes e bola na trave até que, em raro contra ataque, Henrique Almeida teve a chance de empatar, mas chutou em cima do arqueiro da Macaca. Na saída para o ataque, Alexandro ampliou e ainda saiu o terceiro gol que enterrou mais um pouco o Coxa na zona de rebaixamento.