Se forem confirmadas as expectativas de boca de urna, apenas Rio de Janeiro e Chicago disputam, verdadeiramente, o privilégio de abrigar os Jogos Olímpicos de 2016. Madri e Tóquio continuam no páreo, apesar das tendências de favoritismo para as cidades do Brasil e dos Estados Unidos.
Se observarmos o lado emocional do processo de escolha é possível que o Rio reúna condições de ser eleito, porém, sob o ponto de vista estrutural, político e de tradição olímpica, é desproporcional a vantagem de Chicago.
Emocionalmente os delegados poderão eleger o Rio pelas belezas naturais, pelo clima quente e, sobretudo, pelo fato de a América do Sul jamais ter conseguido organizar um evento dessa magnitude. E a escolha seria fantástica para os cariocas, que sonham com o retorno do mito da Cidade Maravilhosa, diminuído entre perdas políticas, esvaziamento econômico, tiros e facadas através dos tempos.
O Rio sofreu três duros golpes nos últimos 50 anos: deixou de ser o Distrito Federal com a inauguração de Brasília, perdeu o estado da Guanabara com a unificação da capital com o paupérrimo interior fluminense e sofreu os efeitos de administrações populistas e coniventes com o crime organizado a partir da eleição de Leonel Brizola.
Há tanto tempo na fossa, esvaziada como centro cultural, com enormes perdas no turismo para as praias mais tranquilas do Nordeste e cada vez mais violenta, a cidade teria a grande chance de resgatar o tempo perdido com a realização dos Jogos Olímpicos. Os Jogos significam muito mais do que um encontro esportivo, pois com as obras necessárias e a faxina geral na segurança pública, o Rio poderia voltar a merecer o apelido de Cidade Maravilhosa.
Para vencer a batalha de Copenhague, uniram-se o presidente Lula, Pelé, Paulo Coelho e outros ilustres personagens. Tomara consigam retornar vitoriosos.
Mas Chicago tem a seu favor o peso político do próprio presidente Barack Obama, além da enorme tradição olímpica dos Estados Unidos.
E Chicago, ao contrário do Rio, é uma cidade pronta e que necessita de poucas arrumações para patrocinar com êxito o maior acontecimento esportivo do planeta.
Memória
O jornalista Luiz Renato Ribas desenvolve excelente trabalho de resgate da memória paranaense colhendo depoimentos de pessoas que se destacaram em suas atividades ajudando na construção do nosso estado.
Como não poderia deixar de ser, o futebol também tem o seu registro histórico com entrevistas, antigos programas esportivos de televisão e jogos que assinalaram a trajetória dos principais times.
Ribas convida os torcedores a acompanhar momentos memoráveis de Atlético, Coritiba e Paraná até o dia 7, às 19 horas, no Vídeo Clube da Rua Padre Anchieta com a apresentação de jogos que decidiram títulos importantes. A entrada é grátis.
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