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A crise técnica do Atlético, que vem desde a perda do título da Taça Libertadores da América em 2005, está provocando não apenas o esvaziamento da Arena da Baixada, mas do próprio clube.

Tenho encontrado dezenas de ex-dirigentes, ex-conselheiros e torcedores que simplesmente não freqüentam mais o clube pelos mais diversos motivos, sendo o principal deles a pobreza técnica da equipe.

Isolados na solidão do CT do Caju, parque inacessível para a maioria das pessoas, inclusive a imprensa, os profissionais cumprem a rotina diária de preparação para os jogos. Quando chega a hora do jogo é aquele desastre que todos têm visto ultimamente, com uma série de resultados negativos e uma coleção de títulos perdidos dentro de casa.

Por causa da intolerância de sua diretoria e da forma peculiar de administrar o futebol, o Atlético está perdendo terreno e desperdiçando grandes oportunidades de projeção em um momento de mediocridade técnica do futebol brasileiro. Ou seja, o clube que possui avançado centro de treinamentos, o mais moderno estádio do país e se orgulha de ter apresentado balanço com lucro de 15 milhões de reais, não consegue formar um time para voltar a ganhar jogos e campeonatos.

Os profissionais contratados fazem a sua parte como funcionários subalternos, condenados à "lei do mudo" e claramente reprimidos. Aos poucos, foram se acostumando com as vaias na Arena da Baixada e nem esse artifício tem servido para reanimar os jogadores.

O time atleticano está doente, o diagnóstico é conhecido, a receita já foi aviada e só falta comprar os remédios.

O diagnóstico indica que a equipe é muito fraca e que corre o risco real de ser rebaixada ao final do campeonato; a receita indica que é preciso contratar de três a quatro jogadores para resolver o problema e não soluções paliativas como Claiton, por exemplo, um jogador do mesmo nível ou até inferior ao indigitado Cristian.

Ainda há tempo, desde que haja vontade de recuperação no campeonato.

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EFABULATIVO: Para relaxar no fim de semana, há quanto tempo o cinqüentão aí não ouve falar de matinada no Cine Ópera, Cap-Caf, o clássico entre Atlético e Ferroviário, Ope-Gua, o clássico entre Operário e Guarani de Ponta Grossa, pomada Zig, fixador Glostora, Zezo para os sapatos, Liberty Ovais com ponteira, Janguito do Rosário e seu regional, Telenotícias Móveis Cimo, Cirquinho Canal 6, Show de Jornal com Jamur Junior, A garota do tempo da Rádio Guairacá, Bataclã exercitando-se na pista dos estádios de futebol antes dos grandes jogos, coalhada do Schaffer, escalope da Fontana de Trevi, ambulante da Iguaçu, pernil com verde da Cometa, Nhô Berlamino e Nhá Gabriela, Mário Vendramel, Professor Carrilho, laranjada Crush, Esmaga, Maria do Cavaquinho, Lápis, Papai Noel das Lojas HM?

carneironeto@gazetadopovo.com.br

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