Os clubes brasileiros, fortemente esvaziados pelo êxodo de jogadores, atravessam momento técnico menor e só conseguem apresentar futebol mediano.

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Existe grande diferença entre o discurso e a carpintaria nessa disputa atípica na qual apenas o Cruzeiro tem conseguido mostrar alguma coisa, suficiente para se colocar acima da vala comum e praticamente assegurar o título antecipadamente.

O discurso da maioria dos treinadores não corresponde ao que se observa em campo e, no lugar de mostrar mais serviço na carpintaria, eles tentam engambelar o torcedor com análises e avaliações sem nexo com a realidade.

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Basta verificar que a diferença de pontos entre o oitavo colocado – Santos – e o primeiro da zona de rebaixamento – Vasco – é apenas quatro. Ou seja, 13 clubes continuam ameaçados pelo fantasma da degola. Jamais tantas equipes tradicionais se viram colocadas em posição delicada como nesta temporada, daí chamar mais a atenção a luta contra o rebaixamento do que a disputa pelo título e pelas vagas na Libertadores.

Rodada

Abrem-se as cortinas dos representantes paranaenses com o Paraná visitando o Ceará em dramática escalada para recuperar os pontos perdidos.

Lamentavelmente, pouco a pouco, o time paranista foi perdendo o viço e se desmanchando em campo por causa das inúmeras e intermináveis dificuldades financeiras do clube que afetam diretamente o rendimento dos jogadores. Não há pessoa que consiga se concentrar e executar de maneira correta as suas funções profissionais quando a cabeça está quente pelas contas atrasadas e cobranças de toda sorte. É uma pena, mas a situação do Paraná está se tornando cada vez mais torturante, justo quando a diretoria conseguiu contratar um técnico capaz e um grupo equilibrado de jogadores.

Amanhã, o Coritiba enfrentará o Vitória que é um dos concorrentes diretos do Atlético na corrida por um lugar na Libertadores. O triunfo sobre o Santos serviu para acalmar o ambiente, mas longe de ter devolvido ao Coxa a confiança absoluta em almejada ampla reabilitação. Acontece que a turma de baixo reagiu com alguns resultados improváveis como as vitórias do Criciúma, da Ponte Preta e do São Paulo.

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Domingo o Atlético reencontrará o seu público, esperando que os torcedores "profissionais" não estraguem a festa do futebol e, sobretudo, não atrapalhem a trajetória do time que tem somado pontos na Vila Capanema.

A Portuguesa está em ascensão e já passou da hora de o artilheiro Éderson e o ataque atleticano inteiro voltarem a marcar. Paulo Baier, que há tempo não vem jogando bem tanto quanto Everton, possui a capacidade de decidir nas bolas paradas, mas nem sempre esse tipo de lance é suficiente para uma campanha em alta.