Mesmo contando com diversos titulares dos clubes europeus, a seleção brasileira foi eliminada nas quartas-de-final da Copa do Mundo.
Os jogadores podem alegar que estavam cansados pelo esforço da temporada européia ou, simplesmente, pela auto-suficiência que tomou conta de todos diante do descarado favoritismo da equipe brasileira. Mas o comando técnico não tem explicação para justificar o retumbante fracasso.
Mesmo calçando salto alto, tanto quanto os jogadores, Parreira teve o seu minuto de reflexão e sabedoria desperdiçado: foi após o jogo contra o Japão, quando ficou clara a necessidade da escalação dos atletas mais jovens no lugar dos veteranos que se arrastavam em campo.
Ele voltou com o time cansado contra Gana, ganhou jogando mal e pagou para ver contra a França. Quebrou a cara e frustrou o sonho de 180 milhões de torcedores.
Ficou provado que a seleção não pode ser exclusividade do técnico. E muito menos o supervisor pode estar doente e alquebrado, como Zagallo na Alemanha.
Outra coisa, a seleção precisa ter um chefe, alguém acima dos profissionais, como Paulo Machado de Carvalho, Carlos Nascimento ou Ernesto Santos no passado, para dividir poderes, atribuições, tarefas.
O que tem ocorrido, ultimamente, por omissão da CBF que só se preocupa com a parte financeira e mercadológica do grande produto chamado seleção brasileira, a equipe, assim como tudo o que se relaciona a ela, é entregue nas mãos de técnicos que se deslumbram ao assumir todo esse poder.
Num país em que até o Presidente da República fica mascarado, imaginem o que acontece com essa gente do futebol.
Despreparados para o cargo que se julgam donos, proprietários, não apenas da seleção mas de todo o futebol brasileiro. Por isso, bons técnicos como Luxemburgo e Leão foram mal sucedidos, pois não contavam com ninguém acima deles para ajudá-los.
Além de um técnico novo a seleção brasileira necessita de um supervisor a altura de suas tradições, com idéias modernas e métodos inovadores para atualizar a preparação, coisa que faltou na última Copa do Mundo.
Enquanto os adversários treinavam e se preparavam com seriedade, os brasileiros brincavam em treinos de mentirinha, bitoques e entrevistas como se fossem super astros e não atletas de competição.
E, também, há necessidade de um dirigente responsável pelo que se passa na Granja Comari, local oficial de preparação, com autoridade sobre o técnico e todos os demais integrantes da seleção.
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