Após a chuva e um jogo do Londrina na preliminar, Atlético e Fluminense fizeram uma partida dramática na lama do precário gramado do Estádio do Café.
Foi o confronto dos times que mais perderam no campeonato e, como era esperado, tecnicamente sofrível.
Na única oportunidade real de gol, que aconteceu na cobrança perfeita de falta de Paulo Baier, o Atlético conseguiu a vitória. No mais, o time foi apenas aguerrido graças à disposição dos juniores lançados em caráter de emergência , despido de maior inteligência de jogo, organização estratégica ou técnica individual.
O Fluminense conseguiu ser pior, pois só ameaçou no desespero dos acréscimos, quando teve uma finalização que acertou a trave e uma cabeçada de Edcarlos bem defendida por Galatto.
O triunfo quebrou uma sequência amarga de derrotas do Furacão.
Jogão
Galo e Coxa fizeram um jogo eletrizante no Mineirão. Na verdade, um jogão, já que, mesmo tendo levado dois gols em 15 minutos, o Coritiba jamais se entregou e chegou ao empate, mas foi infeliz e acabou derrotado.
O técnico René Simões mudou o desenho tático da equipe, que se bateu no ajuste da defesa e do meio de campo nos primeiros minutos e acabou sofrendo dois gols. Equilibrou-se aos poucos e reagiu.
No segundo tempo, o Galo pressionou de forma avassaladora tendo o goleiro Edson Bastos operado intervenções portentosas. Quando o Galo diminuiu a rotação, o Coxa alcançou o empate, mas não teve força técnica para segurar o resultado e muito menos para tentar a virada heroica.
Chance perdida
Em duas partidas, frente a times que se encontram na zona de rebaixamento para a Terceira Divisão, o Paraná não mostrou capacidade técnica e desperdiçou a chance de mudar o seu caminho.
Nas duas tentativas frustradas, o técnico Sergio Soares procurou tirar proveito da fragilidade técnica dos adversários e se deu mal. Tudo pela limitação do Paraná, que, quando jogou cautelosa e defensivamente procurando o gol apenas nos contra-ataques, saiu-se melhor.
É preferível reconhecer o baixo potencial do elenco e jogar apenas em cima dos erros dos concorrentes mais fortes.
Antônio Lopes
Interrompendo o que se prenunciava merecida aposentadoria, Antônio Lopes aceitou o desafio de tentar salvar o Atlético mais uma vez.
Foi uma semana daquelas para a diretoria, que bateu a cabeça atrás de um técnico. Diante das circunstâncias, a maioria não se interessou.
Antônio Lopes é um profissional experiente, disciplinador e com autoridade para aumentar o ritmo de treinamento, que já mudou com a chegada do professor Riva Carli.
Necessitará, entretanto, contar com o apoio direto da diretoria no relacionamento com os jogadores acostumados a trabalhar pouco no aprazível do CT do Caju.
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